ANCHORAGE, A MAIOR CIDADE DO ALASCA
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- joaquimnery
- 1 de outubro de 2017
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- Alasca Estados Unidos da América
19 de agosto de 2017
A cidade de Anchorage se tornou importante pela localização estratégica, como entroncamento de rodovias e ferrovias. Foi o grande centro de logística para a construção das ferrovias do Alasca. A cidade não tinha outras riquezas além da localização. Não é uma área pesqueira estratégica, nem possui minérios metálicos. Mais tarde se tornou estratégica como base aérea, tanto para o transporte comercial como militar. Isso fez crescer muito a importância de Anchorage. A sua localização próxima do Polo Norte, faz com que seja equidistante das principais capitais europeias e asiáticas. Observe o mapa mundi a partir de uma projeção cartográfica azimutal do polo norte e veja como a localização de Anchorage e do Alasca é estratégica. Acabou se tornando um “hub” aéreo estratégico. O Aeroporto Internacional de Anchorage é um centro de logística de chegada e saída de voos de carga para os mais diversos destinos.

O clima de Anchorage é subártico com forte influência de correntes marítimas quentes, que vêm do Mar do Japão. Isso ameniza e estabiliza as temperaturas da cidade e torna possível a sua ocupação. Não existem grandes variações entre o verão e o inverno. Máxima de 18º no verão e mínima de – 13º no inverno.

A cidade foi totalmente reconstruída após o grande terremoto de 1964, que destruiu completamente as suas casas e edifícios. O “Grande Terremoto do Alasca” teve magnitude 9,2 na escala Richter. Foi o segundo maior da história da humanidade. O tremor durou cerca de 5 minutos e toda a cidade foi abaixo. Hoje Anchorage é uma cidade planejada, com avenidas largas, em estilo próprio “americano”. Ruas e avenidas se cruzam num planejamento ortogonal.

Depois que deixamos as malas no hotel, fomos até o centro de atendimento aos turistas no centro de Anchorage para tentar adquirir passeios para o dia seguinte. Tivemos dificuldade. O nosso grupo era grande. Fomos nove no Canadá, na semana anterior. Agora éramos onze, pois os amigos Dr. Alberto Vasconcelos e Dra. Kika Teixeira foram nos encontrar em Anchorage. Como não havíamos nos programado com antecedência, a solução foi alugar dois carros para seguirmos sozinhos no dia seguinte. Fomos até a Hertz do Aeroporto e resolvemos a nossa vida para o outro dia.

Seguimos as dicas de uma senhora que nos orientou no centro de turismo e fomos jantar num restaurante de frutos do mar, na beira de um canal de mar, onde acontece um fenômeno interessante. A maré na região de Anchorage sofre uma variação gigantesca. É a segunda maior maré do Mundo. Na beira desse canal, quando a maré começa a descer, milhares de salmões e outros peixes se tornam presas fáceis para os pescadores.

Dezenas de pessoas se posicionam na beira do braço de mar para pescar. É possível alugar uma licença e participar da pescaria. Muitos pescam e soltam os peixes, outros porém levam para o “jantar”.

Fomos até o Restaurante Bridge Seafood, localizado numa ponte sobre o braço de mar onde acontece a pescaria na maré vazante. O restaurante é bem turístico. Era isso que estávamos procurando. Todos queriam provar o Caranguejo do Alasca ou o Halibute. Encontramos o lugar certo, mas não gostamos tanto assim. O Alasca ainda estava nos devendo um bom restaurante.

Joaquim Nery Filho é geógrafo, agente de viagens e empresário do showbusiness. Apaixonado por viagens e fotografia.
Comments (2)
Vera Lúcia Araújo
02 out 2017Estimulante! Gostei Joaquim Nery, um grande abraço p´ra você e sempre muito sucesso, saúde e paz em seus roteiros e viagens e na sua vida pessoal e familiar. Vera Lúcia.
anisioluiz2008
01 out 2017Republicou isso em O LADO ESCURO DA LUA.