Nara, a primeira capital do Japão
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- joaquimnery
- 19 de novembro de 2013
- Ásia Destaques Japão
A cidade de Nara está localizada 40 km a sul de Quioto. Essa foi a primeira capital do Japão e permaneceu como tal até o século VIII, quando foi transferida para Quioto. A província de Nara possui hoje cerca de 1,4 milhões de habitantes e guarda verdadeiros tesouros históricos na sua arquitetura e nos templos budistas e xintoístas da cidade.

Em Nara a presença constante dos cervos nas ruas é uma das características marcantes da cidade. O cervo é considerado um mensageiro dos Deuses e por isso ele não é incomodado, pois se trata de um animal sagrado, convivendo com turistas e visitantes dos templos. Vivem soltos nos jardins.

O principal templo de Nara é o Todaiji, construído no início do século VIII sob ordens do Imperador Shomu que queria submeter o país à proteção divina de Buda. A cultura e história de Nara é fortemente baseada em costumes e valores importados da China.

O gigantesco Templo Budista Todaiji é o maior edifício de madeira do mundo e o que mais impressiona nele são as dimensões. O Buda de Todaiji, o Daibutsu, é o maior do Japão, com 14,7 metros de altura, é conhecido como o Grande Buda de Nara. Todo o interior do templo é muito bonito, com outros budas complementando a decoração.

Saímos do templo Todaiji e seguimos para a nossa última visita em Nara, o Templo Kasuga Taisha, um santuário xintoísta com mais de 3 mil lanternas de pedra, expostas nas ladeiras de acesso ao santuário, que foram doadas pelos fiéis.

Os templos xintoístas não têm imagens e o mais bonito do Templo Kasuga é o caminho até ele, com os jardins e as milhares de lanternas instaladas aí. Dizem que o Kasuga é o mais fotografado dos Templos Xintoístas do Japão.

Foi construído pela primeira vez em 710. Destruído e reconstruído várias vezes, a cada 20 anos, seguindo uma tradição Xintoísta que vingou até 1.868. As lanternas são acesas no início de fevereiro e em meados de agosto. Fica localizado num belo parque.

Voltamos a Quioto, o dia tinha sido muito chuvoso, pois passou pelo Japão o Tufão Francisco, provocando destruição e morte na região de Tóquio. Em Quioto ficou o “rabo” do tufão. Não houve maiores transtornos para o nosso grupo. Demos sorte. À noite fomos jantar num restaurante japonês ao lado do hotel.

No dia seguinte saímos de Quioto para Osaka onde pegamos um voo para Pequim. A viagem de Quioto para Osaka passa por uma área urbana densa. Toda a área entre Tóquio e Osaka, que possui 500 km de extensão é formada por uma grande conurbação (junção de cidades), se constituindo numa das maiores megalópoles do planeta.

O Aeroporto de Osaka é uma ilha artificial, um dos símbolos do Japão moderno, pois foi totalmente construído sobre uma área de aterro.
Joaquim Nery Filho é geógrafo, agente de viagens e empresário do showbusiness. Apaixonado por viagens e fotografia.