O MUSEU DOS BARCOS VIKINGS E A ÓPERA DE OSLO
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- joaquimnery
- 3 de outubro de 2016
- 1
- Noruega
05.07.2016
Saímos do Museu do Barco Fram, na Península dos Museus de Oslo, e seguimos para o Vikingsskipsuhuset, o Museu dos Barcos Vikings. Nesse Museu existem três barcos vikings, do século IX, que foram resgatados no fundo do Fiorde de Oslo, em excelente estado de conservação. Um deles está bastante danificado, os outros dois estão mais intactos.

Os barcos vikings tinham uma tecnologia própria e especial para a navegação em grande velocidade. Possuiam uma quilha rasa e achatada que lhes permitia ancorar na praia. Eram barcos especiais e com eles os vikings realizaram grandes façanhas. Foram excelentes navegadores. Conquistaram todos os mares do norte da Europa. Chegaram às Ilhas Britânicas e ao Norte da França, mas chegaram também ao Mar Mediterrâneo e até ao Mar Negro. Os barcos entravam nos rios e atravessaram a Europa Oriental até o Mar Negro.

Do século 8 ao século 11, Os Vikings (Homens do Norte), saíram dos fiordes da Noruega e descobriram a Groelândia, a Islândia e chegaram até o Canadá por volta do ano 1000, 500 anos antes de Cristóvão Colombo, foram portanto os verdadeiros descobridores da América. No Museu, estão expostos objetos funerários como trenós, baús e tapeçarias.

Eram guerreiros e foram os verdadeiros colonizadores das ilhas britânicas. Nos barcos encontrados, existiam uma série de pertences individuais. Na realidade esses barcos funcionavam como mausoléus. Alguns líderes vikings eram sepultados junto com os seus barcos.

Após a visita ao Museu dos Barcos Vikings, seguimos para o Norsk Folkmuseum, o Museu das Tradições da Noruega, inaugurado em 1894. É um museu a céu aberto que mostra a vida rural na Noruega, inspirado no Skasen de Estocolmo, porém sem a grandiosidade do inspirador.

No Museu das Tradições da Noruega, fizemos uma primeira parada para conhecer uma fantástica Igreja de Madeira, de 1.200, que se encontra muito bem preservada no local. Essas igrejas eram cristãs e existiam em grande número no interior da Noruega. Essa foi desmontada e transferida para o Museu. As pinturas são originais e de uma qualidade histórica excepcional.

Algumas vilas inteiras foram transferidas do interior para o museu. Casas primitivas foram remontadas. Nessas casas havia cobertura vegetal sobre o teto, para preservar a temperatura tanto no inverno quanto no verão. No inverno o gelo fica impregnado no solo sobre as casas e preserva a temperatura a zero grau, portanto muito melhor que os 40º negativos que ficam do lado de fora. No verão, a água fica impregnada no solo e refresca a temperatura dentro da casa.

Voltamos para o centro da cidade e seguimos pelas ruas, na beira do porto, onde houve uma profunda transformação urbana nos últimos anos. As novas áreas urbanas de Oslo são planejadas e integram prédios residenciais e comerciais. Todo o bairro possui uma excelente estrutura arquitetônica e um bom planejamento urbano.

Aí no novo bairro, ao lado do píer de Oslo, existem teatros, galerias de arte, museus, restaurantes e uma vida agitada.

Essa área estava degradada e praticamente abandonada. Foi totalmente transformada. Aí ao lado fica uma enorme galeria de arte, num edifício projetado pelo arquiteto Renzo Piano. Na área externa aparece um expressivo Parque de Esculturas.

Voltamos andando pelas ruas de Oslo e seguimos pela rua de pedestres até o imponente prédio da Casa de Ópera de Oslo, localizado em frente ao Fiorde de Oslo. O prédio da Ópera é recente. Foi inaugurado em 2008. Possui uma arquitetura arrojada e moderna, que lembra outras Óperas House mundo a fora.

O objetivo da Ópera de Oslo é sediar a Norwegian National Opera and Ballet e ser um grande gerador de conteúdo cultural como, balé, música, dança, concertos e teatro. O prédio parece sair do mar. Possui uma arquitetura futurista misturando elementos como mármore, madeira, vidros e metais.

A inclinação da estrutura permite uma interação do edifício com a população. Subimos na estrutura, de onde se tem uma bela vista de Oslo. Voltamos para o píer de Oslo onde jantamos no bom restaurante Olive, na calçada, ao lado do porto.

Joaquim Nery Filho é geógrafo, agente de viagens e empresário do showbusiness. Apaixonado por viagens e fotografia.
Comment (1)
Anônimo
04 out 2016Ótimo e Rico comentário desta belíssima cidade Nery.