CHEGANDO AO SERENGETI PELA GARGANTA DO OLDUVAI
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- joaquimnery
- 16 de julho de 2013
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- África Destaques Tanzânia
22 de junho de 2005
Saímos bem cedo do hotel na Cratera do Ngorongoro pois tínhamos uma longa viagem pela frente em direção ao Parque Nacional do Serengeti, na Tanzânia. Seguimos a estrada de barro, escorregadia, que acompanha a borda da cratera. Era uma manhã chuvosa, o tempo bastante fechado por uma densa neblina, que cobre constantemente a região, tornava a viagem mais perigosa.

No meio do caminho, ainda no alto da cratera, tivemos que parar, pois dois caminhões estavam caídos em valas nas margens da estrada e não possibilitavam a passagem de outros carros quaisquer. Poucos minutos depois, já era grande a fila de Land Rovers, Jeeps e outros carros de safari que circulam pela região nas primeiras horas da manhã.

Depois de uma intensa negociação entre os motoristas dos caminhões e dos carros de safari, os primeiros cederam e permitiram que os seus carros fossem empurrados para dentro das valas, abrindo o caminho para a passagem dos carros menores. A solução definitiva viria depois, com um trator que rebocaria os caminhões. Ficamos por mais de uma hora nesse imbróglio na beira da estrada.

Contornamos a cratera e descemos para a Planície do Serengeti. Desviamos do caminho para conhecer o sítio arqueológico da Garganta de Olduvai, um dos mais importantes do mundo, no meio de uma área de difícil acesso. Essa região é conhecida como O Berço da Humanidade.

O sítio arqueológico que possui mais de 3 milhões de anos, se encontra numa grande fenda no terreno, com quase 50 quilômetros de extensão. As escavações nas áreas dos vestígios de assentamentos foram iniciadas pelo casal Louis e Mary Leakey, nos anos 1950.

Na Garganta do Olduvai, Louis Leakey encontrou ossadas de dinossauros e restos do Australopithecus, que viveu há 3,6 milhões de anos, considerado o primeiro hominídeo bípede do mundo. Existe no local um pequeno e primitivo museu, que conta a história das escavações.

Deixamos para trás o sítio arqueológico da Garganta do Olduvai e seguimos para o Parque Nacional do Serengeti. A estrada era precária, não pavimentada e a viagem bastante desconfortável, mas iria valer muito a pena. No caminho vimos Guerreiros Masai que vivem na região e circulam pela planície conduzindo os seus rebanhos.

O Parque Nacional do Serengeti possui cerca de 40 mil quilômetros quadrados de área, fica no norte da Tanzânia, próximo à fronteira com o Quênia. É famoso pelas grandes migrações anuais dos milhões de gnus e zebras que passam por aí, formando um ciclo permanente de migração.

Leia mais sobre a Grande Migração, aqui: http://umpouquinhodecadalugar.com/2012/02/24/a-reserva-masai-mara/

A Planície do Serengeti é um exemplo clássico de savana, com uma grande quantidade de vegetação herbácea que atrai os imensos rebanhos. Os gnus e as zebras pastam juntos, a visão das zebras e o olfato dos gnus se completam como elementos de defesa contra os predadores.

No final da tarde chegamos ao nosso lodge onde tínhamos uma bela vista da savana.
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Joaquim Nery Filho é geógrafo, agente de viagens e empresário do showbusiness. Apaixonado por viagens e fotografia.
Comments (2)
Reinaldo José Dias.
30 jun 2016Matéria de grande valor, para min que estou estudando história,o continente africano é muito bonito e vasto.
Gold Price
08 ago 2013Dia 7 Cratera de Ngorongoro – Moshi Pela manhã descemos à Cratera de Ngorongoro. A famosa cratera, com cerca de 19 km de diâmetro que, na realidade é a caldeira de um vulcão extinto, é o habitat de inúmeras espécies animais, formando um ecossistema muito característico, muitas vezes referenciado como uma Arca de Noé. Nela voltamos a encontrar os “big five” africanos, os mamíferos de grande porte do continente, que são o leão, o leopardo, o elefante, o rinoceronte e o búfalo. Vemos ainda curiosos hipopótamos, velozes avestruzes e diversas outras espécies de aves, como os elegantes flamingos, que aproveitam as águas do lago existente no interior da caldeira. Todos estes animais concentraram-se aqui de forma natural, o que confere ao local um interesse adicional e o torna um dos “imperdíveis” locais do mundo a visitar. Regressamos por fim a Moshi, para a última noite em terras do continente africano.