ALGUMAS ESCULTURAS DO MUSEU D’ORSAY EM PARIS
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- joaquimnery
- 26 de agosto de 2018
- França
19 de abril de 2018
Pegamos o metrô na Praça Charles De Gaulle, onde fica o Arco do Triunfo e seguimos direto para o Museu D’Orsay, um dos mais espetaculares de Paris, localizado na margem do Rio Sena, num edifício que foi construído para a Exposição Universal de 1900 para abrigar a estação ferroviária Gare d’Orsay. O edifício é lindo, somente o prédio onde funciona o museu já justifica uma visita.

A transformação da estação ferroviária preservou o edifício original valorizando o grande hall central que funciona como o principal eixo do museu. Quando os visitantes entram no museu, é comum ficarem perdidos de encanto pelo pavilhão central, antes de seguir adiante.

O Museu D’Orsay foi inaugurado em 1986, depois que a estação de trem foi reformada com esse objetivo. Muitas das peças e obras de arte vieram do Museu do Louvre e a fantástica coleção dos Impressionistas veio do Museu Jeu de Paume que foi fechado em 1986.

Se for visitar o D’Orsay fique atento, ele fecha às segunda-feira. Tínhamos cometido esse erro alguns anos atrás e ficamos com essa pendência sobre Paris. O Museu D’Orsay vale uma viagem. Quando for a Paris, fique atento pois muitas atrações, sobretudo museus, fecham na segunda-feira.

É no Museu D’Orsay que está o maior acervo dos pintores impressionistas, do mundo. As principais obras de Monet, Manet, Gauguin, Renoir, Cézanne e Degas, além de esculturas de Rodin e obras de Van Gogh, dentre outros. Todas as grandes obras foram produzidas entre 1848 e 1914. Existem também, com frequência, exposições temporárias no museu.

O museu está dividido em três andares de visitação. No térreo fica o Pavilhão Central com um grande salão de esculturas onde destacam-se as obras de Rodin, Courbert e Camile Caludel.

Hércules, O Arqueiro, é uma obra-prima de Emile-Antoine Bourdelle, que trabalhou com Rodin e com quem fez alguns projetos juntos. A escultura mostra a vitória do herói mitológico contra os monstros.

O Ugolino é uma obra-pima de Carpeaux, inspirado numa das passagens de A Divina Comédia de Dante. O relato fala da prisão de Ugolino em uma torre, em Pisa, no século XIII, quando o seu rival, o Arcebispo Ruggieri o condenou a morrer de fome. Segundo a lenda, Ugolino, antes de morrer, comeu os seus filhos que foram presos com ele. Carpeaux esculpiu essa obra entre 1857 e 1861. Cada criança representa uma etapa até a morte. A expressão de dor e angústia do pai é o principal impacto da obra.

A história de Ugolino está representada no museu por uma outra escultura. Rodin que usou a Divina Comédia como fonte de inspiração, também esculpiu o “seu” Ugolino e ele está no D’Orsay. A figura monstruosa de Ugolino e os corpos desfalecidos dos seus filhos aumentam a dramaticidade da escultura de Rodin.

Rodin também está representado no museu pela sua obra-prima A Porta do Inferno. A obra foi encomendada a Rodin em 1880, para funcionar como uma porta monumental de entrada do Museu de Artes Decorativas. O projeto envolvia onze painéis em baixo relevo inspirados nas portas que Ghiberti realizou no século XV, no batistério de Florença. Três anos depois, o projeto do Museu foi esquecido e Rodin continuou a produção da sua porta sem um destino específico.

A Porta do Inferno se tornou um grande laboratório para Rodin, que retirou vários dos seus detalhes para finalizar outras obras espetaculares como: O Pensador, O Beijo, Ugolino e Os Burgueses de Calais. A Porta do Inferno de Rodin foi apresentada pela primeira vez na Exposição Universal de 1900, com uma versão incompleta, hoje ela fica na parte final do Pavilhão Central do Museu D’Orsay.

As Quatro Partes do Mundo de Carpaeux fica num local de destaque no Pavilhão Central. Foi uma obra encomendada pelo Barão Haussmann, ex-prefeito de Paris, em 1867 para decorar um dos parques que implantou na cidade. A obra era uma fonte que representava os quatro continentes (Europa, África, Ásia e América), sobre uma esfera celeste.

Outra escultura de destaque do museu é O Urso Branco, de Pompon, um ex-aluno de Rodin e de Camile Caludel, que quando seguiu sozinho, se dedicou a reproduzir animais. A sua obra mais famosa é essa e fica num local de destaque no Museu D’Orsay. O Urso Branco foi finalizado em 1922.

- A Divina Comédia
- A Porta do Inferno
- Arco do Triunfo
- As Quatro Partes do Mundo
- Barão Haussmann
- Camile Caludel
- Carpeaux
- cezanne
- Courbert
- Degas
- Emile-Antoine Bourdelle
- Gare d’Orsay
- Gauguin
- Hércules O Arqueiro
- Manet
- Monet
- Museu D'Orsay
- O beijo
- O Pensador
- O Urso Branco
- Os burgueses de Calais
- Os Impressionistas
- Paris
- Pompon
- Praça Charles De Gaulle
- Renoir
- Rio Sena
- Rodin
- Ugolino
- Van Gogh
Joaquim Nery Filho é geógrafo, agente de viagens e empresário do showbusiness. Apaixonado por viagens e fotografia.