A MAGNÍFICA CATEDRAL DE MILÃO
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- joaquimnery
- 26 de julho de 2017
- Itália
19 de maio de 2017
A viagem estava chegando ao fim. Fizemos um giro por um pedaço da Europa. Começamos pelo Leste Europeu, depois uma “Road Trip” pelo interior da Áustria e da Suíça, finalizando em Florença. Saímos de Florença pela estação Santa Maria Novella, onde pegamos um Trem de Alta Velocidade para Milão. A viagem é de aproximadamente duas horas, num trem super confortável.

Chegamos a Milão no início da tarde. Milão é a segunda maior cidade da Itália, é a mais cosmopolita e famosa como a capital da moda e do design. Fica na região da Lombardia, ao norte da península, a mais rica região da Itália. A Lombardia está localizada entre os Alpes, na fronteira com a Suíça, e o Vale do Rio Pó. Milão fica no centro da principal área industrial e financeira da Itália e possui a maior economia do país.

Seguimos da estação para o bom Hotel Dei Cavalieri. Muito bem localizado. No coração do centro histórico, pertinho da Piazza del Duomo.
Teríamos apenas uma tarde na cidade. Deixamos as malas no hotel e seguimos para o Duomo de Milão. Essa era a terceira vez que visitava a cidade e nunca tinha entrado na igreja. Dessa vez compramos os tickets de acesso com antecedência e fomos visitar a Catedral. Não haveria necessidade da compra antecipada, pois não existiam filas na bilheteria. O ticket que compramos dava acesso ao interior da igreja, ao elevador que leva aos telhados e ao museu anexo à Catedral. Fizemos os dois primeiros programas e deixamos o museu de fora. Não teríamos tempo para isso.

A Catedral de Milão é um colosso da arquitetura gótica europeia. Possui 157 metros de comprimento e 109 metros de largura. No interior, chega a 45 metros de altura. Começou a ser construída em 1386 e levou cerca de 500 anos para ser concluída.

Na fachada, a imensa porta principal possui um excelente trabalho em baixo relevo, que conta a vida da Virgem Maria e a própria história da cidade.

Hoje, no interior da Catedral aparece uma réplica da Madoninna, uma escultura dourada colossal, cuja original fica na ponta da agulha mais alta da catedral e é o símbolo maior dos milaneses. A estátua é dedicada a Nossa Senhora. A réplica fica hoje na nave principal, foi feita como parte das comemorações da Expo Milão 2015, e é um dos lugares mais visitados da igreja.

Outro local bastante visitado é a cripta de São Carlo, que morreu em Milão e é o padroeiro da cidade. Os restos mortais do santo estão no interior da Catedral.

Depois que visitamos a Catedral, seguimos para a grande torre, onde pegamos um elevador que leva aos telhados da igreja. Lá de cima temos uma bela vista da cidade e sobretudo da Praça do Duomo. O que mais chama a atenção, porém é a exuberância de detalhes das igrejas góticas.

Na Catedral existem 136 colunas agulhadas, cada uma delas possui uma escultura de um Santo na ponta.

São muitas as gárgulas e quimeras que aparecem na estrutura da Catedral. As gárgulas e quimeras são figuras mitológicas de aspecto monstruoso, sendo que as gárgulas tinham uma função estrutural, pois serviam para escoamento das águas pluviais que caiam sobre o telhado da Catedral, enquanto que as quimeras tinham apenas uma função decorativa.

Um dos destaques da Catedral é a estátua de São Bartolomeu. Fica na parte de dentro da igreja, no fundo da nave direita, indo em direção ao altar mor. São Bartolomeu carrega a sua pele, arrancada como opção de martírio.

Lá do alto da Catedral, a profusão de detalhes arquitetônicos e de engenharia impressiona.

Joaquim Nery Filho é geógrafo, agente de viagens e empresário do showbusiness. Apaixonado por viagens e fotografia.