O incrível Museu do Barco Vasa, em Estocolmo
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- joaquimnery
- 23 de setembro de 2016
- Destaques Europa Suécia
02.07.2016
O Museu do Barco Vasa
Na segunda metade da tarde seguimos para a visita mais esperada desse nosso primeiro dia em Estocolmo. O Museu do Barco Vasa (Vasamuseet). O museu fica na ilha de Djurgärden, uma das ilhas que formam a cidade de Estocolmo, com imensas áreas verdes e muitas opções de diversão e interação com a cidade. São muitos os museus da ilha. O mais procurado é o do Barco Vasa. Pela sua peculiaridade e característica única.

O Barco Vasa foi construído a partir de 1625 e levou três anos para a sua conclusão. Um espetáculo para a época. O mais importante barco, jamais construído pela indústria naval sueca até então. Foram centenas de operários e artesãos envolvidos na construção do navio que utilizou toneladas de madeira de carvalho na sua estrutura.

O maior veleiro do Mundo
A construção do Barco Vasa foi um capricho para a realização de um sonho do Rei Gustavo II Adolfo. Ter o maior veleiro do Mundo para a época, o Vasa possuía 69 metros de comprimento e mastro com mais de 50 metros de altura, 64 canhões e uma decoração incrível com várias estátuas coloridas e outras, pintadas de dourado.

Uma máquina de guerra
O barco virou lenda ainda durante a construção. A Europa inteira comentava a respeito e acompanhava à distância o progresso do Vasa, com medo, respeito e expectativa. O Vasa era uma máquina de guerra e para Gustavo II Adolfo , uma peça fundamental de defesa do seu território e de novas conquistas territoriais.

O naufrágio
Em 10 de agosto de 1628, finalmente chegou o grande dia do Barco Vasa começar a navegar. Toda a população de Estocolmo foi para as margens dos canais, nas praias das ilhas, por onde ele deveria passar. O orgulho da marinha sueca e do Rei Gustavo II. O colosso de guerra começou a navegar, mas percorreu apenas 1.300 metros. Nas imediações do Kastellhomen, o vento começou a soprar e bater nas velas. O barco inclinou e rapidamente naufragou, afundando, carregado de canhões e com mais de cem homens na tripulação.

A ambição do Rei
O Rei estava em campos de batalhas, na Prússia, para onde o barco deveria seguir. A notícia chegou a ele, 15 dias depois. O barco afundou por erro de projeto e por uma ambição excessiva do Rei.

O resgate do Vasa
O Barco Vasa afundou na lama do canal. Sabia-se exatamente onde estava, mas o resgate do barco ou mesmo dos seus canhões e tesouros era difícil. Muitas tentativas foram feitas e frustradas, apenas em 24 de abril de 1961, o seu resgate se tornou realidade. O casco estava em bom estado, apesar dos mais de 300 anos de submersão, graças à baixa salinidade do Mar Báltico.

O Museu do Barco Vasa
Após o estudo de várias tecnologias, o Barco Vasa foi finalmente içado e transportado para a margem do canal. A partir daí ele começou a ser restaurado e protegido. Foram mais de vinte anos de trabalho de restauração e recuperação das suas estruturas. Ao seu redor foi construído um edifício, que hoje deu vida ao extraordinário Museu do Barco Vasa, que foi inaugurado em 1990. Os mastros do barco extrapolam o teto do edifício.

A história da Suécia
O Museu possui 7 andares, que são percorridos diariamente por centenas de pessoas que vão conhecer o Barco Vasa. Essa é uma das principais atrações de Estocolmo. É possível entender bastante sobre a história da Suécia do século XVII, apenas observando o Vasa, as diversas maquetes associadas ao barco, as projeções e as reconstituições feitas pelo Museu.

Calor em Estocolmo
Saímos maravilhados do Museu do Barco Vasa e fomos finalmente para o Hotel Scandic, com uma excelente localização, porém a qualidade deixa a desejar. O Hotel não tem ar condicionado nos quartos. Aliás, essa é uma prática comum nos hotéis da Escandinávia, onde a temperatura é baixa na maior parte do ano. No verão, porém, faz calor. Os quartos são muito pequenos e o serviço muito ruim.

A Cidade Velha
Deixamos as malas no hotel e voltamos à Cidade Velha, onde circulamos mais uma vez pelas ruas tortuosas e paramos para jantar no excelente restaurante italiano, Michelangelo. Valeu muito a pena.


Joaquim Nery Filho é geógrafo, agente de viagens e empresário do showbusiness. Apaixonado por viagens e fotografia.