As cidades subterrâneas da Capadócia
O dia fica longo quando acordamos muito cedo, e foi isso que aconteceu. Quando terminamos o voo de balão, continuamos visitando a região. Agora fomos ver de perto o que tínhamos visto lá de cima.

A primeira parada foi na região das Chaminés de Fadas. São formações geológicas incríveis, que foram moldadas ao longo do tempo geológico, pelos ventos e pela água das chuvas. No alto das colunas aparecem resíduos basálticos das antigas erupções vulcânicas que existiram na região.

De perto, as formações geológicas são tão impressionantes quanto do alto, mas o que mais impressiona mesmo são as formações das cidades cavadas na rocha. As rochas da região, com predominância de calcário, são muito macias, o que possibilitou aos povos antigos que habitaram a região, a escavação de casas e cavernas na rocha, ao invés de construírem habitações verticais. A sensação é que estamos na cidade dos Flintstones.

Nas cidades cavadas na rocha aparecem igrejas, com belos afrescos que foram desenhados na época em que a região foi ocupada pelos cristãos.

Nos primeiros anos da era cristã, a Capadócia foi um local, onde a religião sofreu uma rápida expansão. São Paulo esteve aí por duas vezes, a Capadócia é conhecida como a terra de São Jorge.

As cidades subterrâneas eram usadas pelos cristãos como refúgio e proteção contra os seus inimigos. Algumas delas possuíam vários andares de subsolo e um intrínseco sistema de defesa, que permitia fechar partes das casas subterrâneas para permitir a fuga dos seus moradores se fosse necessário.

Na cidade subterrânea de Derinkoyu, uma das 35 que existem na região, as cavernas são interligadas e comunidades inteiras viviam aí. Existem quartos, salas, igrejas e outros cômodos, todos debaixo da terra e sem nenhum acesso à luz do sol.

O maior conjunto de casas escavadas na rocha fica no Parque Nacional de Göreme, uma das principais bases para a exploração da Capadócia, onde existem exemplos espetaculares e é possível encontrar até mesmo hotéis funcionando nessas casas.

Saímos das cidades escavadas nas rochas e fomos até um centro de criação de bicho-da-seda e produção de tecido, onde acompanhamos o trabalho artesanal de produção.

À noite fomos a um show com danças típicas dos dervixes e dança do ventre. O curioso do show foi que a dançarina principal que encanta os turistas com uma dança sensual e excelente performance era brasileira e baiana.

Joaquim Nery Filho é geógrafo, agente de viagens e empresário do showbusiness. Apaixonado por viagens e fotografia.
Comments (5)
Telma Aparecida Velloso
08 abr 2018Gratidão imensa por postar riquíssimas fotos de lugares incríveis.E todo conhecimento compartilhado também.
joaquimnery
02 jan 2012Obrigado a você pelas palavras carinhosas. Continue acompanhando o blog. Estamos colocando alguns posts sobre uma viagem que fizemos à Grécia. Acho que você vai gostar.
Maria de Jesus Bertunes
02 jan 2012Tem momentos em que a internet nos causa emoção com tantos artigos importantes, e que podemos percorrer o mundo sem sair de casa. Parabéns para todos que publicam estas maravilhas.
Obrigada autor
joaquimnery
15 dez 2011Gabi. Li o post e adorei. Deixei um comentário por lá. Vou indicar o seu blog. Tenho acompanhado o http://www.bowmix.com e está muito bom.
Gabi
14 dez 2011Oi Tio!! Adorei os últimos posts!! Fiz um no meu blog indicando o seu… Depois dê uma olhada no http://www.bowlmix.com. Vou acrescentar o seu na minha lista de blogs!! Beijos, Gabi