Quebec, a cidade mais francesa das Américas
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- joaquimnery
- 25 de junho de 2014
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- América Canadá Destaques
15 de maio de 2014
A história da Cidade de Quebec se confunde com a do Canadá. É uma das cidades mais antigas do continente. Era uma aldeia de índios Iroqueses quando foi descoberta pelo explorador francês Jacques Cartier e transformada em cidade em 1608 por Samuel de Champlain.

A Cidade de Quebec é a capital da província do mesmo nome, desde a sua origem se tornou o coração da França nas Américas. Os franceses dominaram toda a área a norte do Rio São Lourenço, até a região dos Grandes Lagos e desceram pelo Vale do Rio Mississipi, até Nova Orleans. Toda essa área foi colônia francesa, até o início do século XVIII quando os ingleses começaram a avançar sobre esses territórios.

Em 1759 os ingleses derrotaram os franceses na porta de Quebec, numa batalha que ocorreu na Planície de Abraão, fora das muralhas da cidade. A partir daí começou o domínio dos ingleses em toda a Província de Quebec e se estendeu por todo o território onde hoje é o Canadá.

Após a independência do Canadá, a ligação de Quebec com a França continuou a ser muito forte. A cidade é o centro político do que se chama Canadá Francês e possui ainda hoje um forte sentimento separatista, que de vez em quando ameaça dividir o Canadá ao meio. Em Quebec se fala francês, apesar do país admitir os dois idiomas como oficiais.

A cidade tem um charme parisiense, é formada por uma série de ruelas bastante coloridas e cheias de vida. A arquitetura especial e bela, além da importância histórica fizeram de Quebec um Patrimônio Histórico da Humanidade, num título conferido pela UNESCO em 1985.

A maior parte da Cidade de Quebec fica no alto de uma colina, de frente para a entrada do Rio São Lourenço, uma artéria vital para o transporte na América do Norte.

O Rio São Lourenço se tornou navegável em toda a sua extensão a partir das grandes obras realizadas com a abertura de canais e sistemas de comportas, permitindo que a hidrovia chegasse até os Grandes Lagos possibilitando o crescimento econômico de toda essa porção sudeste do Canadá e nordeste dos Estados Unidos.

A cidade está dividida em Cidade Baixa (Basse-Ville) e Cidade Alta (Aute-Ville). O nosso hotel ficava na Cidade Baixa, a primeira parte da cidade que percorremos. Essa é a área mais antiga, porém totalmente recuperada. Nas ruas ao redor do Auberge Saint-Antoine existem inúmeras galerias de arte e lojas de artesanato e de objetos de decoração de muito bom gosto. Passear por aí é uma delícia.

A Place Royale, com arquitetura dos séculos XVIII e XIX fica aí bem perto. Já foi o centro político de Quebec e por isso tem grande valor histórico. No centro da praça um busto de Luís XIV lembra a ligação de Quebec com a França e as casas coloridas completam o charme do lugar.

Saímos da Place Royale e começamos a subir a escadaria que leva à Cidade Alta. As escadas reformadas possuem uma grande quantidade de lojinhas pelo caminho.

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Joaquim Nery Filho é geógrafo, agente de viagens e empresário do showbusiness. Apaixonado por viagens e fotografia.
Comment (1)
Luis
13 nov 2015Muito bom os comentários e observações! Amo o Canadá