O Vale Sagrado dos Incas – Písac e Ollantaytambo
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- joaquimnery
- 25 de agosto de 2013
- América Destaques Peru
28 de julho de 2013
Saímos de Awanacancha e continuamos descendo o Vale. O rio que corre no centro do vale muda de nome a cada região. No início se chama Vilcanota ou, no passado, Wilcamayu (Rio Sagrado), mas depois passa a se chamar Urubamba.

Fizemos uma primeira parada na localidade de Písac, a 33 km de Cusco, uma espécie de porta de entrada do Vale, onde fomos presenteados por uma festa cívica maravilhosa. Estávamos no 28 de julho, data da independência do Peru.

Na praça principal de Písac estava acontecendo a festa e havia desfile cívico das escolas da cidade. Os povos das montanhas desceram para assistir à festa e o colorido das roupas possibilitaram fotos maravilhosas.

Písac é um dos melhores lugares do Vale para se comprar artesanato dos povos peruanos, roupas e tecidos de lã de lhama e de alpaca. Existe aí uma feira permanente que reúne centenas de artesãos e expositores.

Existem também sítios arqueológicos, com ruínas e terraços agrícolas. Como ficamos entretidos pela festa cívica, não fomos ver as ruínas e seguimos em frente.

A nossa próxima parada foi na cidade de Ollantaytambo, localizada, a 60 km de Cusco e 2.800 metros acima do nível do mar, onde as ruínas Incas são impressionantes. É a única cidade da era Inca, que ainda é habitada e preserva aspectos da arquitetura original.

Seguimos caminhando por um típico bairro Inca, ainda hoje ocupado pela população local. É uma visita antropológica. Ollantaytambo é uma vila Inca que parou no tempo, onde são preservadas antigas tradições.

Paramos para conhecer uma típica casa de morador. Os pátios das casas mantém a arquitetura original. Muitas casas são construídas sobre antigos muros Incas.

As condições de vida são precárias e as famílias muito pobres. O vilarejo possui uma boa infraestrutura turística, com pousadas e restaurantes. Muitas pessoas se hospedam aí antes de seguir viagem para Machu Pichu.

O nome da cidade faz referência ao general Inca Ollanta que se apaixonou pela filha do chefe Pachacútec. Perseguido pelo pai da amada, teve que fugir da cidade e se uniu a ela após a morte do líder Inca.

Em seguida fomos conhecer as maravilhosas ruínas Incas de Ollantaytambo, uma antiga base militar dos Incas. A Fortaleza Araqama Ayllu é alta e íngreme. Existem por aí, centros administrativos, observatórios militares e zonas de armazenamento de alimentos, ainda bastante preservados. A localização estratégica dominava e protegia o Vale Sagrado dos Incas.

Subimos a escadaria das ruínas até o Templo do Sol, uma obra inacabada dos Incas, onde impressiona a técnica usada para trabalhar os encaixes das pedras gigantes e para removê-las através de grandes distâncias, pelas montanhas.


Após a visita a Ollantaytambo seguimos para o Hotel Rio Sagrado, no meio do Vale, onde ficamos hospedados. O hotel, de excelente qualidade, pertence à rede Orient Express. É um hotel para descanso, relaxamento e pernoite, não possui televisão nos quartos, mas a rede wi-fi é de fácil acesso e o restaurante de primeira.

Joaquim Nery Filho é geógrafo, agente de viagens e empresário do showbusiness. Apaixonado por viagens e fotografia.