EXPLORANDO O MONTE RORAIMA – por Maíra Nery
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- joaquimnery
- 6 de agosto de 2017
- 7
- Roraima Venezuela
4º dia de trilha
Deixamos o Hotel Sucre e partimos em direção a face brasileira do Monte Roraima, para o Hotel Coati. O dia amanheceu lindo, céu azul! Como o tempo na montanha é muito instável, aproveitamos o bom tempo, fizemos um pequeno desvio na rota e paramos em um mirante.

Muito difícil descrever e as fotos não conseguem captar a imensidão da vista: estávamos literalmente a cima das nuvens! Uma das vistas mais bonitas do Monte Roraima.

A medida que o sol esquenta, as nuvens sobem e “adentram” o Roraima, em um ballet impressionante.

Depois dessa parada estratégica, partimos em direção ao ponto tríplice. O Monte Roraima está situado na divisa entre Brasil, Venezuela e Guiana, sendo 85% de sua extensão pertencente a Venezuela, 10% à Guiana e 5% ao Brasil.

Do Ponto tríplice, fomos em direção ao destino final do dia: Hotel Coati. Essa trilha é um pouco mais puxada. Não existe uma trilha em si, mas um caminho saltitando sobre as pedras, que parecem terem sido colocadas meticulosamente no caminho, como em um vídeo game do Mario Bros.

A caminho da face brasileira, passamos ainda pelo vale dos cristais. Os cristais começam a aparecer aos poucos, de forma bem tímida, até que passamos a caminhar sobre uma trilha repleta deles. O Monte Roraima havia sido área de mineração intensa, onde vários indígenas trabalhavam como mineradores. Hoje é proibida a retirada dos cristais e as mochilas podem ser inspecionadas na descida.

Chegamos ao Hotel Coati por volta das 14:00. O Acampamento é montado dentro de uma gruta. Como de costume, banho, comida e descanso, nessa ordem.

Ao fim do dia, fomos a um mirante que, caso a tempo ajudasse, iríamos ver o nascer do sol no dia seguinte. São Pedro definitivamente estava do nosso lado e o nascer do sol foi uma das coisas mais espetaculares que vi na vida.

5º dia de trilha
Acordamos mais cedo do que de costume, às 4:00h da manhã, para tentar ver o nascer do sol. Café preto para aquecer e partimos em direção ao mirante, há cerca de 15 min de caminhada.

Essa viagem me tocou de diversas formas, por motivos que não sei explicar, me emocionou algumas vezes e a aurora no alto do Roraima foi uma dessas vezes.

Chegamos ao mirante ainda noite, e aos poucos o sol foi surgindo no horizonte. De início de maneira bem sutil, clareando o mar de nuvens e aos poucos deixando o seu furta-cor, até que o sol surgiu. Descrição e fotos não fazem jus ao espetáculo. A natureza mais uma vez nos mostrando todo seu esplendor.

Depois de retornar ao acampamento e tomar café, partimos em direção ao Lago Gladys, no outro estremo do Roraima. No caminho passamos pelo jardim dos bonsais, arbustos típicos do Monte Roraima, e pelo rio que divide a fronteira em o Brasil e a Guiana.

Apesar de ter amanhecido com o céu limpo para apreciarmos o amanhecer, o tempo fechou. É impressionante ver o vai e vem das nuvens e a velocidade de como elas “entram” e “saem” do Roraima.
O lago Gladys fica dentro de um fosso. Não há fonte de água no Monte Roraima. Toda água do Tepuy, que forma os lagos, os rios, é proveniente da chuva. Como pegamos uma semana seca, as caminhadas ficaram um pouco mais tranquilas com os pés secos.

Retornando para nossa última noite no Coati, paramos em um rio para tomar banho e almoçar. No fim do dia fomos presentados com pipoca no lanche da tarde e à noite se deu literalmente em um hotel mil estrelas.

Joaquim Nery Filho é geógrafo, agente de viagens e empresário do showbusiness. Apaixonado por viagens e fotografia.
Comments (7)
Cursos.com Online
27 jul 2018Esse lugar é um paraiso…
EXPLORANDO O MONTE RORAIMA – por Maíra Nery — Um Pouquinho de Cada Lugar – Joaquim Nery – Cursos.com Online
27 jul 2018[…] via EXPLORANDO O MONTE RORAIMA – por Maíra Nery — Um Pouquinho de Cada Lugar – Joaquim Nery […]
pedrofogaca@sapo.pt
07 ago 2017Bom dia.
Citando Um Pouquinho de Cada Lugar – Joaquim Nery
Anônimo
07 ago 2017Que maravilha!! que grande oportunidade de conhecer melhor esse Brasilzâo!!! Obrigado, Maíra Nery, Obrigado Joaquim.
AMEPE
07 ago 2017Que espetáculo!!!
Anônimo
07 ago 2017Soberbo! Os meus agradecimentos.
Cumprimentos.
mariel
06 ago 2017Nossa, que viagem