Yad Vashem, o Museu do Holocausto de Israel
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- joaquimnery
- 28 de maio de 2019
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- Ásia Cisjordânia Destaques Israel Israel
12 de abril de 2019
O Yad Vashem é o Museu do Holocausto de Israel. Um memorial denominado de Centro de Recordação dos Mártires e Heróis do Holocausto, um lugar para lembrar as vítimas e os heróis desse momento negro na história da humanidade.

O atual Museu fica na base do Monte Herzl, foi construído em 1994. É um complexo de 18 hectares que contem o Museu da História do Holocausto, O Memorial das Crianças, a Sala da Memória e o Museu de Arte do Holocausto, além de várias outras instituições, como: biblioteca, centro educacional, universidade, etc. A origem do nome é um versículo da Bíblia que diz: “E a eles darei a minha casa e dentro dos muros um memorial e um nome (Yad Vashem) que não será arrancado.”

Na área externa do Museu existem várias árvores que foram plantadas em homenagem a heróis e benfeitores não judeus que se arriscaram para salvar a vida dos vizinhos judeus no período do holocausto, são denominados de “justos entre as nações”, como o alemão Schindler que salvou milhares de judeus dos campos de concentração e o Rei Christian X da Dinamarca que confundiu e provocou os nazistas, usando, ele próprio, a estrela de Davi, que identificava os judeus, sob ordens dos nazistas.

Na entrada, o acesso se dá pelo impactante Memorial das Crianças. Um enorme salão escuro, onde velas são refletidas em espelhos e simulam as milhões de crianças que morreram durante a Segunda Guerra Mundial. Os nomes das crianças, suas idades e país de origem são chamados numa locução com voz suave ao fundo.

São 10 salas de exposições interligadas por um longo corredor, dedicadas a momentos diferentes da história do Holocausto. Fotografias de judeus que viveram os horrores do holocausto estão expostas e se misturam a apresentações de vídeos com testemunhos e objetos pessoais doados por sobreviventes, organizados cronologicamente. O visitante passa de sala em sala até o final do Museu.

Na Sala dos Nomes estão expostos os nomes de 6 milhões de judeus mortos no Holocausto. Os retratos foram colocados numa cúpula suspensa sobre um fosso profundo cheio de água.

BELÉM, ONDE NASCEU JESUS CRISTO
Saímos do Yad Vashem e seguimos para a cidade de Belém, localizada 6 km a sul de Jerusalém, fazendo parte da Cisjordânia, área controlada pela Autoridade Palestina. A cidade possui aproximadamente 30 mil habitantes. É um centro de cultura e turismo da Cisjordânia. Atrai um grande número de visitantes, por ter sido o local do nascimento de Jesus Cristo. A cidade é habitada por muitos árabes cristãos, mas esse número tem diminuído em função da emigração dessa comunidade.

A cidade que foi ocupada pela Jordânia após a guerra árabe-israelense de 1948, passou a ser ocupada por Israel após a Guerra dos Seis Dias em 1967. Hoje faz parte da Cisjordânia, mas em alguns trechos fica cercada por muros que separam Belém de Jerusalém. Esses muros, hoje, são controlados pela Autoridade Palestina e usados para controle de entrada e saída dos palestinos em direção a Jerusalém.

O Estado da Palestina é formado hoje por três regiões não contíguas, a Cisjordânia, onde está Belém, a Faixa de Gaza e a parte de Jerusalém Oriental, sendo que esse último não é reconhecido por Israel como Território Palestino e sim como parte legítima do seu território. Uma resolução da ONU de 1948 previu a divisão do Território da Palestina em dois estados, um árabe e um judeu. Desde a sua criação, as desavenças entre os dois grupos levaram árabes e judeus a várias guerras.

Almoçamos em um restaurante árabe de Belém e seguimos para a Igreja da Natividade, erguida no local onde supostamente havia a manjedoura onde Maria deu a luz a Jesus. Esse é um dos lugares mais sagrados para o cristianismo. A entrada da igreja chama a atenção pela baixa altura da porta principal. Todos precisam se abaixar para entrar na igreja.


A grande religiosidade da Igreja da Natividade fez com que ela fosse disputada por muitas correntes religiosas. Hoje é controlada pela Igreja Ortodoxa Oriental e Igreja Armênia. Quando entramos na Igreja da Natividade estava iniciando um culto religioso, mas conseguimos entrar no local onde existe a gruta e a manjedoura.

Ao lado da Igreja da Natividade fica a Igreja de Santa Catarina dedicada a Catarina de Alexandria. É uma igreja franciscana do século XII.

Antes de voltar para Jerusalém, passamos numa loja de artesanatos religiosos.

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Joaquim Nery Filho é geógrafo, agente de viagens e empresário do showbusiness. Apaixonado por viagens e fotografia.
Comment (1)
Anônimo
29 maio 2019Que divinais fotografias! Muito obrigada.
Cumprimentos.