11 de junho de 2023

Gavião-caramujeiro

Estávamos hospedados na Pousada Aymara Lodge, no início da Estrada Parque Transpantaneira. A propriedade disponibiliza um passeio de barco por águas do Pantanal com a possibilidade de observação de uma grande variedade de aves da região. Dentre as que vimos nesse passeio de barco, o Gavião-caramujeiro foi um dos destaques, pois acompanhou o nosso barco por todo o percurso.

Canoa a remo

Pegamos uma canoa movida a remo, na sede da Pousada e seguimos para um passeio pelo rio da propriedade. O objetivo era a observação de aves. O Gavião-caramujeiro vive na beira dos rios e lagoas do Pantanal. Se alimenta de grandes caramujos que coleta no leito dos rios e leva para as áreas secas, onde retira o molusco para a sua alimentação. É quase que o seu único alimento, às vezes se utiliza também de pequenos caranguejos do Pantanal.

Gavião-belo

Na sequência, vimos um Gavião-belo ou gavião-lavadeira. Ele chega a medir até 53 cm de comprimento, com uma envergadura que pode chegar a 1,30 metros. Alimenta-se de insetos, caramujos e peixes. Vive em manguezais, na beira de lagos e pântanos. É comum no Pantanal.

Jaçanã

Sobre a folhagem na superfície da água aparecem as Jaçanãs, uma das aves mais comuns nas áreas folhadas do Pantanal. A características das suas pernas e pés longos facilitam a caminhada por sobre a vegetação, na superfície da água. Em alguns lugares da África são conhecidas como “Jesus Bird”, pela característica de perecer caminhar sobre a água. Uma única fêmea possui vários parceiros. Os machos cuidam dos ninhos.

Japacanim

No caminho de volta para o hotel encontramos um Japacanim, ou sabiá-do-brejo. Uma bela ave com plumagem amarela comum em áreas pantanosas. Possui um canto forte e bonito. Grita alto, como um cachorro.

Cobra-cabelo

Quando voltamos para o almoço na Aymara Lodge, um dos guias da pousada nos apresentou a uma Cobra-cabelo, uma espécie rara de serpente venenosa de pequeno porte, que alcança apenas 50 cm de comprimento. É comum na América do Sul, em áreas pantanosas. O guia manuseava a cobra sem medo e a cena era um pouco assustadora.

Carcará

Nos entornos dos apartamentos da pousada, encontramos uma grande diversidade de aves e outros animais do Pantanal. Um belo Carcará ficava bem ao nosso lado. O Carcará é também conhecido na região do Pantanal, como Caracará e possui outros nomes em outras regiões do Brasil. Aparece em praticamente todo o território brasileiro. Às vezes em bandos, casais ou sozinhos. Vimos muitos no Pantanal.

Um símbolo do Nordeste brasileiro

Virou um símbolo do Nordeste brasileiro após ter sido homenageado na música “Carcará”, de João do Valle e José Cândido, imortalizada na voz de Maria Betânia.

Carcará, pega, mata e come
Carcará não vai morrer de fome
Carcará, mais coragem do que home
Carcará, pega, mata e come

Carcará, lá no sertão
É um bicho que avoa que nem avião
É um pássaro malvado
Tem o bico volteado que nem gavião
Carcará, quando vê roça queimada,
Sai voando e cantando, carcará
Vai fazer sua caçada
Carcará come inté cobra queimada
[…]

O Carcará come de quase tudo

Mede aproximadamente 60 cm e possui 123 cm de envergadura, com as asas abertas. Como é sugerido na música, o carcará não passa aperto, é uma ave onívora, come de quase tudo, animais e vegetais. Animais vivos ou mortos e até lixo produzido nas áreas urbanas.

Mutum-de-penacho

Na área livre da Pousada Aymara Lodge, estávamos sempre acompanhados também por alguns Mutuns-de-penacho, que costumavam ciscar pelo quintal da Pousada. É uma variedade de mutum, muito comum nessa região do Pantanal. É uma ave grande, com até 83 cm de comprimento. O macho é preto com a barriga branca e a fêmea é preta com listras brancas na plumagem.

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