De volta a Estocolmo
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- joaquimnery
- 12 de setembro de 2020
- Europa Suécia Super Destaque
22 de junho de 1996
Estocolmo
Estávamos no extremo norte da Noruega, na cidade de Tronso, a 70° de latitude Norte, na Região Polar do Norte, além do Círculo Polar Ártico. Era o período do sol da meia-noite. Saímos de Tronso, com destino a Kiruna, no extremo norte da Suécia, numa viagem de aproximadamente 400 km que fizemos em 6h. Estávamos muito cansados pela maratona da viagem e apesar da beleza da paisagem, não conseguíamos ficar acordados. Entre Tronso e Kiruna, atravessamos os Alpes Escandinavos, na fronteira entre a Noruega e a Suécia.

Paramos em uma localidade turística na fronteira entre os dois países, para conhecer um museu local e assistir a um filme sobre um fotógrafo norueguês que viveu e fotografou a região da Lapônia por mais de 50 anos. Um trabalho fantástico. Continuamos a viagem até Kiruna, na Suécia, onde pegamos um voo para Estocolmo e assim finalizamos essa primeira parte da viagem à Escandinávia.

Em Estocolmo o grupo se separou, pois algumas pessoas tinham adquirido, com a Operadora, apenas a parte do tour que incluía a Lapônia. O restante do grupo, inclusive nós, que iríamos seguir viagem pela Suécia, Noruega e Dinamarca, fomos para o Hotel Scandic Malmen, o mesmo do primeiro dia da viagem.

Estocolmo é a capital da Suécia, o maior de todos os países escandinavos. A Escandinávia é formada por Finlândia, Suécia, Noruega, Dinamarca e Islândia. Os quatro primeiros compõem a Península da Escandinávia. A Islândia é um país insular a noroeste da Península.

Estocolmo foi fundada no século XIII e fica sobre um conjunto de 14 ilhas, na porção sul do Mar Báltico, ao lado do Lago Mälaren. A cidade hoje possui cerca de 800 mil habitantes, é cortada por canais de mar e parte dela fica na borda do lago. Os 750 anos de história deixaram um legado arquitetônico com belíssimos edifícios para a cidade.

A Cidade Velha de Estocolmo
A Gamla Stam (Cidade Velha) é a maior das ilhas de Estocolmo e o coração histórico da cidade. Foi aí que a cidade nasceu. Seguimos andando pelas ruelas estreitas e tortuosas dessa parte medieval da cidade, com casas coloridas, que fica em volta do majestoso Palácio Real.

A Cidade Velha é cheia de bares, restaurantes, ateliês e lojinhas interessantes que vendem lembranças para turistas. No centro está a Praça Grande (Stortorget), onde ficava a sede medieval do Município de Estocolmo. Escolhemos um cavalinho sueco de lembrança para levarmos de volta para o Brasil. Os camponeses faziam esses cavalinhos para os seus filhos e costumavam decorá-los com características das suas comunidades. Virou um dos símbolos do país.

Ainda houve tempo para passear um pouco pelo centro histórico de Estocolmo. Seguimos andando de volta para a Cidade Velha, na Ilha de Gamla Stan e passamos ao lado do Palácio Real (Kungliga Slottet). O Palácio Real da Suécia é um dos maiores da Europa, possui mais de 600 salas e ainda hoje permanece com as suas funções originais, apesar de não ser mais a residência oficial da família real. Foi construído a partir do final do século XVII. Não visitamos o interior do Palácio, mas ele possui cômodos e objetos suntuosos, funcionando como um verdadeiro museu vivo.

Atualmente a família real é formada pelo Rei Carlos XVI Gustavo e a rainha é Silvia. Silvia é brasileira. O Brasil tem uma rainha no trono da Suécia. Na Cidade Velha, as ruas tortuosas são cheias de galerias de arte e lojas de artesanato. A Suécia é famosa pela excelência no design. Destacam-se os produtos de vidro e artigos para decoração.

Fomos jantar em um excelente restaurante italiano, o Martinez e voltamos andando para o hotel. Sempre que viajamos e passamos muito tempo fora de casa, os bons restaurantes italianos costumam salvar as nossas vidas, quando não queremos mais arriscar outros tipos de pratos.

Joaquim Nery Filho é geógrafo, agente de viagens e empresário do showbusiness. Apaixonado por viagens e fotografia.