A primeira viagem à Europa – 1991/1992
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- joaquimnery
- 1 de maio de 2014
- Destaques Europa França
24 de dezembro de 1991
A minha história com as viagens internacionais começou de fato a partir de 1990, quando fui ao Chile e fiz o Cruzeiro dos Lagos Andinos em direção a Bariloche. No ano seguinte decidimos ir à Europa e ansioso pela primeira vez adquirimos um circuito longo (foram 31 dias), para de uma única vez, visitarmos um grande conjunto de cidades. Saímos de São Paulo no dia 24 de dezembro de 1991, passamos a noite de natal no avião, era uma forma mais barata de viajar, pois nessas datas especiais os voos estão mais vazios. Brindamos o Feliz Natal com as aeromoças.
O voo tinha uma escala longa em Madri, onde chegamos às 8h do dia 25/12/1991, no Aeroporto de Barajas e fomos conduzidos pela companhia aérea até um hotel (Alameda), ao lado do Aeroporto para um “day pass”. Descansamos até o início da tarde e seguimos para Paris, onde chegamos pelo Aeroporto de Orly.
Fomos recebidos por Sebastião Nery (tio querido) e Cristina. Tião, na época, ocupava o cargo de Adido Cultural do Brasil na França e iria ser o nosso anfitrião pelos próximos 10 dias em Paris. Não poderíamos ter um guia melhor, pois Sebastião nos mostrou o lado romântico e boêmio da cidade, que é a sua face melhor.

Saímos de carro pelas ruas de Paris e fomos tendo os primeiros contatos com: a Catedral de Notre Dame, Ile de La Citê, Hotel De Ville, Palácio do Louvre, Champs Élysées (toda iluminada para o Natal), Torre Eiffel e Arco do Triunfo. O apartamento de Sebastião ficava na Rue Le Suer, uma transversal entre a Grand Armeé e a Av. Foch, a apenas duas quadras do Arco do Tiunfo, não poderia haver endereço melhor para ficarmos hospedados em Paris.

Saímos para jantar num restaurante próximo (Le Presbourg), onde tivemos o primeiro contato com a culinária francesa, na França. Comemos ecargot de entrada e peixe com espaguete ao molho de champanhe como prato principal, saboreando um delicioso vinho francês o “Premier Beaujolais Nouveau”, um clássico que era uma novidade para nós.
CONHECENDO CHARTRES E VERSALHES
Acordamos cedo e pegamos um metrô até a Gare Montparnasse onde seguimos de trem para a cidade de Chartres. A primeira visita que fizemos na França foi à Catedral de Notre Dame de Chartres, estávamos eu, Mônica, Sebastião, Cristina, Sérgio Cury (conselheiro da Embaixada do Brasil em Roma, que estava de mudança para o Canadá), Marília e filhos.

A Notre Dame de Chartres é a terceira maior Catedral do Mundo, construída no século XIII e considerada a mais perfeita obra prima da arquitetura gótica. A Catedral é famosa pelos vitrais, considerados dos mais perfeitos do Mundo, destacando-se a coloração (Bleu de Chartres). Na Catedral de Chartres encontra-se como relíquia, um pedaço do manto de Nossa Senhora. Foi uma paixão à primeira vista.

Almoçamos numa pequena ruela ao lado da Catedral, no bom restaurante Le Buisson Ardent onde degustamos peixe com salada mista e um bom vinho francês.

Após o almoço pegamos o trem para Versalhes. Estava gelado (-2 graus C). Seguimos pela Avenida Paris e avistamos o Chateau Versalhes, uma das mais impressionantes obras feitas pelo homem. O Castelo foi construído a mando de Luís XIV, a partir de 1661 e funcionava como residência de verão dos Reis Luís XIV, Luís XV e Luís XVI.

No pátio central do grande conjunto arquitetônico aparece uma belíssima estátua de Luís XIV, montado num cavalo. Dos dois lados desse pátio ficam as estribarias dos cavalos do Rei e da Rainha, onde hoje funciona a Universidade e o Palácio da Justiça.

Visitamos o interior do Castelo com destaque para a Galeria dos Espelhos, o quarto de verão de Maria Antonieta e o Salão da Coroação onde aparecem afrescos sobre a vida de Napoleão.

Na área externa do Castelo o que mais impressiona são os Jardins de Versalhes, com seus lagos artificiais, estátuas com temas mitológicos e a impecável poda das árvores e arbustos, formando desenhos e mosaicos.

A fonte principal é dedicada a Apolo, construída em homenagem ao Rei Sol (Luís XIV). Foram personagens importantes do Castelo, além dos reis, Maria Antonieta e a Madame Pompadour.

Após a Revolução Francesa e a morte de Luís XVI o Castelo deixou de ser a sede do governo e foi sendo transformado em Museu. Saímos de Versalhes com chuva fina e voltamos para Paris.

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Joaquim Nery Filho é geógrafo, agente de viagens e empresário do showbusiness. Apaixonado por viagens e fotografia.