O Castelo de Trim e o sítio Arqueológico de Brú na Bóinne
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- joaquimnery
- 15 de dezembro de 2018
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17 de setembro de 2018
Estávamos na Irlanda há 4 dias, a essa altura da viagem, já tinha acostumado a dirigir com a mão inglesa e decidimos seguir de carro para Dublin. Havia a possibilidade de devolvermos o carro em Galway e seguir de trem, mas optamos por pegar a estrada, aliás, as excelentes estradas da Irlanda, com pista dupla e pedagiadas.

São 210 km de Galway para Dublin, deveríamos fazer a viagem em aproximadamente 2,5 horas, mas a oportunidade de seguir de carro nos possibilitou um desvio na estrada para conhecer duas atrações do interior da Irlanda. A primeira foi a pequenina cidade de Trim, capital do Condado de Meath, com aproximadamente 7 mil habitantes e localizada a aproximadamente uma hora de Dublin.

A cidade fica nas margens do Rio Boyne, é lá que estão as ruínas do Trim Castle.

O imponente Castelo de Trim é uma magnífica estrutura do século XIII que apesar de estar em ruínas, nos dá a clara sensação das emoções vividas na sua época áurea. É um dos maiores castelos medievais da Europa. A sua construção data de 1220.

O castelo medieval, foi utilizado nas filmagens de Coração Valente, o clássico de Mel Gibson cuja história se passa na Escócia, mas muitas filmagens foram ambientadas em Trim, na Irlanda.

Na grande área verde ao redor do Trim Castle, existe a ruína de uma torre espetacular, com paredes grossas de pedra, que fica do outro lado do Rio Boyne, como uma sentinela avançada para o castelo.

Seguimos da cidade de Trim, por mais 44 km até a localidade onde fica o fabuloso sítio arqueológico de Brú na Bóinne, no Vale do Rio Boyne. Um enorme templo, muito bem preservado, que data de 8 mil anos antes de cristo.

Brú Na Bóinne é um importante complexo de pedras neolíticas, que faz parte de um grande conjunto de relíquias arqueológicas das ilhas britânicas e irlandesas, como Stonehenge e tantos outros. O local era utilizado para enterros e outras cerimônias religiosas.

Todos esses monumentos foram utilizados para a compreensão do ciclo das estações do ano, interpretando o movimento do sol e a influência que ele possui sobre a alternância das estações. A compreensão desse movimento do sol era vital para orientar os povos primitivos sobre os períodos de plantio e colheita agrícola.

Na chegada ao sítio arqueológico, fomos direto para o centro de visitantes, muito bem estruturado. De lá saem micro-ônibus para visitar as ruínas. Como a visita era demorada e tínhamos horário para devolver o carro em Dublin, optamos por ir até um mirante no interior de uma fazenda dos arredores, de onde se tem a melhor vista panorâmica de Brú na Bóinne.

https://www.youtube.com/watch?v=IHCNLPTm6kA
Joaquim Nery Filho é geógrafo, agente de viagens e empresário do showbusiness. Apaixonado por viagens e fotografia.