MOSCOU E A PRAÇA VERMELHA
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- joaquimnery
- 18 de julho de 2016
- 1
- Rússia
23/06/2016
A Rússia, ou Federação Russa, é um país imenso, o maior do Mundo, com aproximadamente 17 milhões de quilômetros quadrados, tem uma área territorial equivalente ao dobro do território brasileiro. Parte do país está na Europa e parte na Ásia. O seu território vai das planícies férteis na porção oriental da Europa, onde vive a grande maior parte da sua população, às áreas geladas do extremo oriente. A Rússia europeia possui clima temperado continental, com verões amenos e invernos rigorosos. A Rússia asiática tem densidade demográfica pequena, possui climas desérticos e semi-áridos ao sul e clima sub-polar no extremos norte da Sibéria.

Moscou é a capital, hoje com mais de dez milhões de habitantes, é uma das maiores metrópoles do planeta. Está localizada no coração da Rússia europeia. A cidade é moderna, possui avenidas largas e muito bem urbanizadas. A maioria das atrações turísticas ficam no centro histórico, nos entornos do Kremlin e da Praça Vermelha.

Saímos para um city tour panorâmico por Moscou, que começou pela Praça Vermelha. Já tínhamos estado aí na noite anterior, mas agora voltávamos com olhares e desejos de turistas. A cidade surgiu como um posto defensivo no século XIII. Como sede do Império Russo, chegou a controlar um sexto da superfície da Terra, inclusive com áreas nas Américas. O Alasca pertencia à Rússia até o século XIX, quando foi vendido aos Estados Unidos da América.

A cidade surgiu em terras pantanosas e de matas, como uma estratégia de defesa dos príncipes russos para afastarem a capital dos inimigos poloneses. A desunião e divisão entre os príncipes russos, os transformaram numa presa fácil, e por isso, foram invadidos por vários outros povos, dentre eles os mongóis que dominaram toda a área e coletaram impostos por mais de 250 anos. Somente quando Ivan III, O Grande, governou Moscou, é que a Rússia cresceu e montou um reino que ia do Oceano Ártico até os Montes Urais. Que hoje separam a Europa da Ásia.

Ivan, o Grande, casou-se com a sobrinha do último Imperador Bizantino, que fugiu de Constantinopla, quando esta foi invadida pelos Otomanos, e mudou o destino da Rússia. Isto ampliou o poder de Moscou, que se transformou na “Terceira Roma”, expressão usada pelos historiadores russos, e deu poder à igreja ortodoxa na política do país.

A Praça vermelha tem a sua origem ligada a Ivan III, o Grande. Foi quem determinou a demolição das casa em frente ao Kremlin, para o surgimento da praça, que funcionava originalmente como um grande mercado. As barracas e bancas de madeira pegavam fogo com tanta frequência, que foi apelidada de “Praça do Fogo”.

O nome atual vem do século XVII e deriva da palavra russa Krásnye, que significava “linda”. Essa mesma expressão, posteriormente passou a significar “vermelho”. Praça Vermelha, portanto significa Praça Linda, e não tem nenhuma relação com o comunismo ou com a cor vermelha.

Entramos na praça pelo lado da magnífica Catedral de São Basílio, que domina o seu visual e é a maior atração turística do lugar.

A praça era também local de comunicação pública e execução das penas de morte. Ao lado da Catedral de São Basílio existe uma pequena plataforma circular, chamada de “Lóbnoe Mesto”, onde esses anúncios eram realizados pelos Czares e pelos Patriarcas da Igreja Ortodoxa.

Entre o Lóbnoe Mesto e a Catedral de São Basílio existe uma estátua de dois heróis russos: Dmitry Pojársky e Kuzma Minin. Que, no século XVII, expulsaram os poloneses do Kremlin e proclamaram a Libertação da Rússia.

A Praça Vermelha sempre foi local de festejos e procissões. Foi assim na época dos Czares e continuou na época do comunismo soviético, que substituiu as festas religiosas pela grandes paradas militares, realizadas no Dia do Trabalho e na data comemorativa da Revolução.

As paradas militares eram assistidas por centenas de dirigentes comunistas da União Soviética que ficavam em frente ao Mausoléu de Lenin. Os políticos e a imprensa ocidental ficavam tentando adivinhar qual a ordem hierárquica e de importâncias desses dirigentes. Hoje a praça é usada para festivais, concertos musicais e outros eventos públicos festivos.

Joaquim Nery Filho é geógrafo, agente de viagens e empresário do showbusiness. Apaixonado por viagens e fotografia.
Comment (1)
Maria de Jesus
20 jul 2016Maravilha! gostaria de conhecer.