A PONTE DA CAPELA E O LEÃO DE LUCERNA
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- joaquimnery
- 8 de julho de 2017
- Suíça
13 de maio de 2017
Estávamos na Suíça. Saímos de St. Moritz para Interlaken, pegamos uma estrada maravilhosa, por cima da Cordilheira dos Alpes. A estrada é sinuosa e estreita em alguns trechos. Passamos pelo difícil Passo Giulia, que no inverno chega a ser interditado pelo volume de neve.

O Passo Giulia segue um caminho, das antigas estradas romanas, sobre a Cordilheira dos Alpes. Dirigimos com bastante cuidado. As estradas Suíças são excelentes e a cordilheira está por todos os lados. Os Alpes aparecem na Áustria, na França e na Itália, mas sobretudo são suíços. O elo entre todos eles.

Três horas depois que saímos de St. Moritz, chegamos a Lucerna (230 km), a maior cidade da região central da Suíça, localizada nas margens do Lago Lucerna.

Como muitas das cidades suíças, Lucerna se tornou importante como ponto de parada para as estradas da Idade Média. Hoje, o turismo é quem sustenta a economia local.

Como estávamos de passagem, seguimos direto para a Ponte da Capela, a principal atração da cidade. Lucerna é compacta e fácil de explorar a pé. Não foi difícil encontrar um estacionamento do centro histórico, localizado nas margens do Rio Reuss, no ponto em que ele sai do Lago Lucerna. Seguimos andando até a Ponte da Capela.

A medieval Ponte da Capela de Lucerna é do século XIV. A ponte é de madeira e a mais antiga em seu estilo, que existe na Europa. Fazia parte das fortificações da cidade. É uma ponte para pedestres, coberta, e que atravessa o Rio Reuss.

No meio do rio, a ponte, que é o símbolo da cidade, está ligada a uma torre octogonal, a Wasserturn, que no passado possuía um tesouro, uma prisão e sustentava um farol.

A parte baixa do telhado da ponte, na Idade Média, foi pintada com cenas da história de Lucerna e com passagens da vida de São Leodegar e São Maurício, os padroeiros da cidade. A ponte foi parcialmente destruída por um incêndio em 1993, mas foi reconstruída e os painéis restaurados.

Depois de provar uma boa massa italina, no centro histórico, seguimos em direção a mais uma atração da cidade, o Löwendenkmal, ou Monumento ao Leão. Uma escultura icônica da cidade, localizada num parque, que mostra a figura de um leão ferido por uma lança.

O monumento é uma homenagem à Guarda Suíça de Luiz XVI, da França, que protegeram o Rei francês, defendendo o Palais de Tuileries em 1792 do ataque de revolucionários. Os suíços ficaram sem munição e foram massacrados durante o combate. O Monumento ao Leão foi entalhado por Bertel Thorvaldsen, em um bloco de arenito e inaugurado em 1821.

Os Mercenários Suíços foram soldados excepcionais. A sua eficiência fez desses grupos, os mercenários mais cobiçados do Mundo. Muito bem treinados, combatiam por países estrangeiros em busca de uma remuneração. Essa sempre foi uma tradição oriunda da Suíça, desde a Idade Média

Deixamos Lucerna para trás e seguimos viagem por mais 70 quilômetros, até Interlaken. Chegamos no final da tarde e fomos para o Hotel du Nord, localizado no coração da cidade. Um hotel bastante razoável com uma localização excepcional.

Interlaken fica numa estreita faixa de terra entre os lagos Thunersee e Brienzersee. Literalmente entre os lagos. Hoje á cidade é um grande centro de entretenimento e lazer, sobretudo para o inverno da Suíça. São muitas as estações de esqui que existem na região.

Deixamos as malas no hotel e circulamos pela praça que existe ao redor. A cidade estava cheia de visitantes. Muitos orientais: chineses, japoneses, coreanos, mas sobretudo indianos, lotavam as ruas de Interlaken. No centro da praça havia um “ponto de pouso” de paragliders. Dezenas deles desciam das montanhas sem parar. Jantamos um desejado fondue de queijo, típico da Suíça.

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Joaquim Nery Filho é geógrafo, agente de viagens e empresário do showbusiness. Apaixonado por viagens e fotografia.