Veneza, La Serenissima
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- joaquimnery
- 5 de dezembro de 2010
- Destaques Europa Itália Travessia do Atlântico
05.04.2009
Chegamos a Veneza pela manhã bem cedo. A chegada é encantadora. Quando entramos na laguna onde fica a cidade, avistamos a Praça São Marcos e o passar frenéticos dos barcos que entram e saem do Grande Canal.

Veneza é, talvez a mais encantadora e enigmática cidade do mundo. Apesar de várias cidades se autodenominarem “Venezas”, nada se compara a ela (La Sereníssima).
A cidade foi construída sobre centenas de ilhotas e bancos de areia em antigos manguezais. A mais improvável construção urbana jamais feita pelo homem. São centenas de Palácios ao longo dos canais que cortam toda a cidade.

Veneza se tornou uma cidade importante no século X e durante muito tempo foi um dos mais importantes entrepostos comerciais da Europa, portão de entrada do comércio que vinha do oriente.
Muito provavelmente a origem de Veneza está associada a grupos de refugiados de outras cidades italianas, que buscavam aqueles pântanos para fugir das invasões Bárbaras e Germânicas na Idade Média.
O MSC Música seguiu direto para o Porto. Aquele era o fim do cruzeiro. Sabíamos que o desembarque final era caótico. Como tínhamos um vôo para Paris no final da tarde, deixamos as malas no navio para serem retiradas pela tripulação e seguimos para a cidade, evitando assim o caos do desembarque conjunto.
Pegamos um “Vaporeto” para a Praça de São Marcos, que é o coração turístico da cidade. Os Vaporetos são barcos de passageiros que cortam os canais, fazendo rotas pelo Grande e pelo Pequeno Canal. A cada 200m aproximadamente param em margens alternadas dos canais e funcionam como transporte público de Veneza.

Descemos na Praça de São Marcos e fomos bater perna pelas ruelas da cidade, matando a saudade recente, pois no ano anterior tínhamos ido a Veneza e fizemos uma maratona de visitações, pois estávamos com Kim, nosso filho que completava 15 anos e fomos apresentá-lo a algumas maravilhas européias.
Dessa vez fizemos apenas passear pela cidade sem entrar em nenhum monumento ou ponto de visitação. Revemos a Praça de São Marcos, a Ponte de Rialto, a Ponte dos Suspiros, o Palácio dos Doges, o Campanário e a beleza dos canais repletos de Gôndolas e outros barcos.

A ponte dos Suspiros liga a antiga prisão anexa ao Palácio Ducale e o seu nome deve-se ao fato de que os prisioneiros condenados à morte passavam por aí antes da execução e viam a área externa pela última vez. Diz-se que davam o último suspiro.


A Básilica de São Marcos é a mais famosa igreja de Veneza e um dos maiores exemplos da arquitetura bizantina que existe no mundo. Os principais destaques da Basílica são os mosaicos que decoram o seu interior e os Cavalos de São Marcos que ficam na parte frontal.

A Praça de São Marcos cercada de bares e restaurantes, fica sempre cheia de turistas que se deliciam com a fachada da Basílica, os pombos e seus vôos perigosos e com o Campanário que emoldura a Praça. Esta construção tem 98,6m de altura. É possível chegar ao alto de onde se tem uma vista maravilhosa de Veneza.
À tarde voltamos ao porto para pegar as malas e seguimos para o Aeroporto. O destino era Paris. A mais encantadora cidade do mundo. Oh! Eu disse isso sobre Veneza no início desse post. Tá bom, vale para as duas. É verdade para ambas.
Joaquim Nery Filho é geógrafo, agente de viagens e empresário do showbusiness. Apaixonado por viagens e fotografia.