Little Vumbura, o coração do Delta do Okavango
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- joaquimnery
- 21 de abril de 2012
- África Botswana Destaques
Pegamos um avião muito pequeno, um monomotor de apenas 4 lugares, incluindo o piloto e o copiloto. É impressionante a quantidade de voos que existem entre os acampamentos da Botswana. Nos aeroportos principais, como o de Maun, é possível ver dezenas de aviões e uma movimentação frenética dos pilotos que partem para todos os cantos.

Os pilotos são bem treinados, aliás essa é uma região excelente para treinamento de pilotos, pela variedade dos tipos de aviões e pela quantidade de horas de voos que realizam. A viagem para o Little Vumbura é panorâmica e permite uma visão bem apropriada do Delta do Okavango. Grandes áreas inundadas e cursos de rios por toda parte.

Lá do alto deu para ver o Little Vumbura Camping, localizado numa ilha no meio do Delta.

Chegamos no campo de pouso e fomos recebidos pelo nosso guia, Sevara. Seguimos para o acampamento e no caminho fomos avistando os primeiros animais.

Dois javalis que nos acompanharam em todos os safaris em Little Vumbura.

No caminho já deu para ver como a paisagem por aqui é bem diferente. A área é completamente alagada e a Land Rover, a todo momento confunde estradas com leitos de rios.

Foi logo aí na chegada que começamos a ver como em Vumbura os safaris seriam especiais. Num desses caminhos (estrada/rio), avistamos uma impala, que com a nossa aproximação, deu um salto belíssimo por cima do rio. As impalas chegam a dar saltos de até 6m de comprimento por 3m de altura.

Para chegarmos ao camping precisávamos pegar um barco na etapa final. A Land Rover não chega até lá. O acampamento fica numa pequena ilha, no meio do alagado.

O Little Vumbura Camping é mais bem estruturado do que o Chitabe Lediba e o serviço, também é muito melhor.

O safari da tarde foi de barco, pelos canais do Delta do Okavango, passando por entre papiros, plantas aquáticas, que os antigos egípcios usavam para fazer papel.

No meio da vegetação existe um labirinto de pequenos canais, por onde o nosso barco ia passando em alta velocidade, até chegar numa lagoa mais profunda.

Foi aí que encontramos os Hipopótamos. Eram cerca de 16. O macho maior era meio assustador e se incomodou com a nossa presença. Ficou abrindo a boca e mostrando os dentes numa clara tentativa de nos intimidar.

Aí, na companhia dos hipopótamos, brindamos com um bom Sauvingnon Blanc e assistimos ao pôr-do-sol.

Joaquim Nery Filho é geógrafo, agente de viagens e empresário do showbusiness. Apaixonado por viagens e fotografia.