Segunda Parada: Lago Titicaca – Por Maíra Nery
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- joaquimnery
- 18 de janeiro de 2014
- América Bolívia Destaques
Para chegar ao Lago Titicaca, partindo de La Paz, tínhamos duas opções: ir de van ou de ônibus. Optamos pelo ônibus. No hostel, nos informaram que o melhor lugar para pegar o ônibus, como nos parecia óbvio, não era na rodoviária, e sim no cemitério! Exatamente. Do cemitério saem diversos ônibus e vans, a todo instante, em direção à Copacabana no Lago Titicaca.

Chegamos ao cemitério um pouco antes das 10 da manhã e escolhemos um ônibus que nos pareceu seguro. Pagamos 20 bolivianos pela passagem até Copacabana. São 114 km de La Paz, no entanto, a viagem dura cerca de 3 horas.

Só para sair de La Paz, levamos cerca de 1 hora. Um engarrafamento inacreditável, além das paradas, até que o ônibus complete sua lotação. Foi aí que passamos por dentro da grande favela que havíamos visto do alto do mirante Kili Kili. Uma cidade que parece estar eternamente em construção.

Depois que escapamos do engarrafamento, a paisagem muda drasticamente. As construções desaparecem e são substituídas por um planalto onde se pode ver a Cordilheira dos Andes no horizonte. Em pouco tempo, já começamos a circundar o lago e aí é impossível tirar o olho da estrada.

É somente após atravessar o estreito de Tiquina de balsa, (todo mundo desce do ônibus: as pessoas atravessam em um barquinho e o ônibus em uma balsa) que começamos a subir em direção a Copacabana. A parte mais alta do Lago está a 3.821m de altitude e possui incríveis 8.300 km² . Confesso que durante a subida, em curvas que não acabam nunca, não pude fixar o olhar na estrada, mas nas poucas espiadas que dei, pude ver que a paisagem era de tirar o fôlego!

Chegamos à Copacabana por volta de 1:30 da tarde e o último barco já havia saído. Queríamos muito dormir na Isla del Sol para sair cedo para a trilha, então fretamos um barco para nos levar até lá. Pagamos cerca de 100 bolivianos por pessoa. Essa travessia dura cerca de 40 minutos e é belíssima!

Finalmente chegamos à Isla del Sol. A ilha possui 2 acessos: pelo norte e pelo sul. Chegamos pelo acesso sul, já que ali ficaríamos hospedadas. No lado sul, está a comunidade dos Yumani. Para subir e entrar na comunidade temos que pagar 5 bolivianos, ritual que se repetirá a cada momento que se passe por uma comunidade diferente.

Nosso hostel ficava no alto da ilha o que era sinônimo de escada! Uma escada linda, mas cheia de degraus. E depois da escada, mais subida! Subida lenta, porque apesar de já estarmos um pouco acostumadas com a altitude, por conta de La Paz, o ar simplismente desaparecia.

A subida em si é um passeio. Lhamas e bolivianas com suas roupas típicas são de encher os olhos e esvaziar os bolsos! Após tirar uma foto de uma lhama, um gurizinho veio todo selerepe cobrar 2 bolivianos. Mas a lhama e a paisagem eram tão bonitas que valeu a pena.

Chegamos ao hostel Inca Pacha e vimos que cada degrau na subida foi válido! Uma vista inesquecível! Saímos para ver o por do sol e jantar. Nesse dia não demos sorte, pois estava nublado. O por do Sol ficou para o dia seguinte.

Joaquim Nery Filho é geógrafo, agente de viagens e empresário do showbusiness. Apaixonado por viagens e fotografia.