O centro histórico de Puebla
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- joaquimnery
- 19 de dezembro de 2019
- América Destaques México
04.11.2019
A Catedral de Puebla e a Igreja de Santo Domingo
Saímos do Museu Amparo e continuamos a pé pelo centro histórico de Puebla, no México. Fizemos uma parada na Catedral de Puebla, do século XVII, a segunda maior do país. Mistura estilos, barroco e renascentista. O interior é ricamente decorado, com altares esculpidos em madeira e gesso folheados a ouro. O pátio externo é cercado por uma grade de ferro ricamente trabalhada.


Ao lado da Catedral fica o Zócalo de Puebla, a principal praça da cidade e que reúne muitas manifestações culturais e políticas. Nessa época do ano, por conta dos festejos do Dia dos Mortos, o Zócalo estava bastante agitado. Do outro lado da praça fica a prefeitura de Puebla.

Atravessamos o Zócalo e fomos até a Igreja de Santo Domingo, a mais importante da cidade e mais rica do ponto de vista arquitetônico. A igreja, construída na segunda metade do século XVII, é um ícone da arte barroca.

A Capilla del Rosario, com entalhes espetaculares folheados a ouro fica no interior da igreja e é considerada como uma das mais elaboradas do México. A cúpula da capela é rebuscada e segue os mesmos detalhes dos entalhes barrocos.


Seguimos andando até a Rua dos Artistas, cercada por lojinhas de artesanatos e galerias de arte. É aí que fica o mercado de artesanatos El Parián, o melhor lugar para se adquirir uma boa lembrança de Puebla.

No caminho, paramos numa das pequenas fábricas das coloridas Cerâmicas Talavera. Um dos ícones de Puebla. Essas cerâmicas resultam de influência árabe e espanhola. A técnica foi levada para Puebla no século XVI, a partir da cidade espanhola de Talavera de Reina, pelos monges dominicanos.

Seguimos pela folclórica Rua dos Doces, especializada em lojas de guloseimas e finalmente terminamos o tour guiado. O guia nos deixou no Zócalo, onde fizemos um lanche e continuamos a peregrinação turística.

O Cerro Guadalupe
Faltava ver o Mirante da Cidadela. Pegamos um ônibus aberto, de turismo, que faz um roteiro fora do centro histórico, por alguns pontos de interesse da cidade e vai até a Cidadela, localizado no Cerro Guadalupe. A colina é um belo parque arborizado, com alguns museus que fazem referência à história do México.

No Cerro Guadalupe existem dois fortes que tiveram um papel relevante na Batalha de Puebla, de 5 de maio de 1862, quando um pequeno exército mexicano, liderado pelo General Ignácio Zaragoza, derrotou o exército francês, numa batalha simbólica para a resistência do país. A França sob o governo de Napoleão III, invadiu o México em 1864 com apoio dos conservadores mexicanos e colocou o austríaco Arquiduque Maximiliano, no poder. Maximiliano governou até 1867, após perder o apoio dos franceses. Foi preso e executado por um pelotão de fuzilamento.

O Vulcão Popocatépetl
Lá do alto do Cerro Guadalupe, temos uma bela vista do Vulcão Popocatépetl que se ergue imponente nos arredores de Puebla. O Popocatépetl é um vulcão ativo. Frequentemente está em erupção gasosa, quando solta fumarolas que se erguem sobre o céu de Puebla. Às vezes acontecem erupções mais fortes e a cidade está sempre de sobressalto. Lavas e cinzas chegam a ser arremessadas a quilômetros de distância.

Voltamos para o Hotel Cartesiano e nos demos ao luxo e usar o Spa do hotel onde fizemos massagens e recuperamos a energia após um dia puxado em Puebla.

À noite fomos jantar no excelente restaurante Casa Barroca, que fica num hotel com o mesmo nome. A decoração do restaurante é espetacular e os pratos são igualmente saborosos.

Joaquim Nery Filho é geógrafo, agente de viagens e empresário do showbusiness. Apaixonado por viagens e fotografia.