Dificuldades na estrada de Puebla para Oaxaca
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- joaquimnery
- 23 de dezembro de 2019
- América Destaques México
A estrada de Puebla para Oaxaca
05.11.2019
Estávamos em Puebla, no coração do Vale do México. Saímos pela excelente autoestrada que leva a Oaxaca. São 340 quilômetros de Puebla para Oaxaca, que deveríamos fazer em aproximadamente 4 horas. O caminho passa por uma região montanhosa que atravessa a cordilheira das Sierras Madres Ocidentais. Estávamos num carro alugado na Hertz da Cidade do México. Uma Dodge Journey. O carro possuía mais de 80 mil quilômetros rodados e não estava com uma mecânica boa. Começamos a ter problemas nas subidas das montanhas do México. O carro não desenvolvia e dava sinais que iria quebrar. Era difícil fazer ultrapassagens, até mesmo dos caminhões nas subidas íngremes das montanhas. Ficamos com receio de que pudesse pifar a qualquer momento.

O território do México fica na América do Norte e faz uma ligação entre o istmo da América Central e o território dos Estados Unidos. Faz parte da Círculo do Fogo do Pacífico e por isso é uma área geologicamente instável e susceptível a terremotos e vulcanismos. Existem duas cordilheiras de montanhas que se estendem no sentido sul-norte. As Sierras Madres Ocidental e Oriental. No meio das duas, um extenso vale fértil formando um planalto de altitudes superiores a 2 mil metros. As planícies litorâneas são estreitas. A única exceção é a Península de Yucatán, na parte sul do país.

A viagem já estava tensa por conta do carro, que poderia quebrar a qualquer momento. Quando estávamos a 100 quilômetros de Oaxaca, fomos obrigados a parar num bloqueio que havia na estrada. Ficamos mais de 4 horas parados. Havia uma manifestação contra a cobrança de pedágio na estrada. Felizmente a fila de carros e caminhões estava calma. Como estávamos num planalto de grande altitude, não fazia muito calor e conseguimos sobreviver bem a esse perrengue. 8 horas depois de sair de Puebla, finalmente chegamos a Oaxaca, no final da tarde.

Chegando a Oaxaca
Seguimos direto para o excelente hotel Palácio Borghese, localizado no coração do centro histórico da cidade. O hotel fica numa “casona” colonial. Os apartamentos são decorados como se estivéssemos num palácio europeu.

Estávamos estressados com os problemas que tivemos na estrada. Decidimos devolver o carro no aeroporto, pois o escritório da Hertz do centro histórico já estava fechado. Como o nosso hotel ficava na entrada do centro histórico de Oaxaca, saímos para jantar circulando pela cidade a pé. Fomos até o excelente Restaurante Pitiona. A cidade estava lotada por conta dos feriados do Dia dos Mortos, a maioria dos restaurantes estava sem disponibilidade.

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Joaquim Nery Filho é geógrafo, agente de viagens e empresário do showbusiness. Apaixonado por viagens e fotografia.