O Templo do Céu em Pequim
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- joaquimnery
- 29 de novembro de 2013
- Ásia China Destaques
Saímos da Cidade Proibida e fomos para o primeiro almoço na China. A experiência foi muito ruim. O roteiro da Operadora previa várias refeições inclusas no país e os restaurantes, de uma maneira geral, foram muito ruins. O primeiro era imundo a tal ponto que o grupo não aceitou. A excelente guia chinesa (Suzana), conseguiu mudar o local e nos tirou dali, o segundo restaurante escolhido por ela era menos ruim. Isso foi um problema para o grupo durante a estadia na China.

Saímos do restaurante e fomos até uma fábrica/loja onde assistimos a uma apresentação sobre como é feito o cultivo de pérolas e tivemos um tempo livre para compras e observações dos produtos, que não são baratos.

Na sequência do roteiro seguimos para o grande parque Tian Tan, onde fica o Templo do Céu, o símbolo da cidade de Pequim, na entrada, chamou a atenção a grande quantidade de pessoas que jogava cartas e jogos de tabuleiro nos jardins que dão acesso ao Templo.

O Templo do Céu, ou Tian Tan, foi construído durante a Dinastia Ming, em 1420. É um dos maiores conjuntos de templos da China. Uma construção maravilhosa, um modelo do equilíbrio arquitetônico e dos simbolismos chineses.

A escada que dá acesso ao templo possui três níveis diferentes e formam um círculo de 90 metros de diâmetro e 6 metros de altura. A balaustrada da parte superior dos círculos possui entalhes de dragões para caracterizar o caráter imperial do Templo.
Os dragões estão por toda parte.
O Templo principal é o Qinian Dian, onde o Imperador rezava pra uma boa colheita. Possui 38 metros de altura e foi construído totalmente sem pregos, apenas com encaixes de madeira. O telhado é sustentado por 28 pilares totalmente decorados, que representam as estações e os meses do ano.

O Templo do Céu era o local em que o Imperador podia fazer sacrifícios, orar aos céus e a seus antepassados, geralmente no solstício de inverno. Como filho do Céu, o Imperador podia negociar com os Deuses a favor do seu povo, rezando por uma boa colheita. O telhado circular do Templo principal simboliza o céu.

O Templo do Céu, também era inacessível às pessoas comuns, assim como a Cidade Proibida. Fica localizado num grande e agradável parque. Muita gente do povo se reúne aí para jogar e praticar tai chi chuan.

A cor vermelha é um símbolo imperial e está presente nos diversos templos do complexo. Encontramos mais um casal tirando fotos na área do templo. Chegamos a conclusão que esse é um detalhe cultural muito comum na China.

Na saída do Templo existe um conjunto de lojas de suvenir e lembranças da China. Mao Tsé Tung é a grande estrela.

Na sequência fomos até uma loja de seda, onde aconteceu o mesmo ritual da loja de pérolas. Essa é uma característica das excursões. Muitos turistas se interessam por compras e os guias ganham as comissões sobre as vendas, e tudo isso faz parte da viagem, além do que vale a pena conhecer o processo de produção desses materiais.

À noite saímos para jantar no excelente Restaurante Jaan, no Raffles Beijing Hotel, o melhor jantar da viagem até aqui, acompanhado por um bom violão. Um restaurante francês de Nouvelle Cuisine, que lavou a nossa alma após o almoço que tivemos.
Joaquim Nery Filho é geógrafo, agente de viagens e empresário do showbusiness. Apaixonado por viagens e fotografia.