O Monte Nebo, de onde Moisés avistou a Terra Santa
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- joaquimnery
- 21 de junho de 2019
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17 de abril de 2019
Deixamos Amã para trás e seguimos com destino a Petra, localizada 230 km a sul da capital da Jordânia. Apesar da distância reduzida, que poderia ser percorrida em 3 horas, fizemos uma viagem de dia inteiro, pois no caminho paramos para duas atrações imperdíveis. O Monte Nebo e a cidade de Madaba.

Fizemos uma primeira parada na região do Monte Nebo, com 817 metros de altitude e 46 quilômetros a sul de Amã, um dos lugares mais sagrados para os cristãos nos arredores da Terra Santa. O Monte Nebo foi o local de onde Moisés avistou a Terra Prometida, após a sua peregrinação de 40 anos, desde do Egito, de onde fugiu conduzindo o povo de Israel. Foi também o local onde ele morreu, sem chegar a descer ao vale do Rio Jordão, onde estava a Terra Prometida.

Do alto do Monte Nebo, Moisés viu, e nós pudemos ver, o Mar Morto, um pedaço pequeno do Vale do Rio Jordão, a cidade de Jericó e até mesmo Jerusalém, nos dias mais claros.

O Monte é hoje uma propriedade dos padres Franciscanos. É uma rota de peregrinação importante. Na parte mais alta existem os restos de uma igreja construída no século IV. Atualmente é um Memorial a Moisés. Restaurada, preserva incríveis mosaicos que podem ser vistos, no que teria sido o piso da antiga igreja.

Na ponta do Monte Nebo fica o mirante que contempla toda a depressão do Mar Morto. No mirante o Monumento da Serpente Neustã. Uma escultura do artista italiano, Giovanni Fantoni que representa a serpente de bronze que Deus criou para que Moisés pudesse curar os israelitas das picadas venenosas das serpentes do deserto.

“E 0 Senhor lhe disse, O que você tem em suas mãos? E este respondeu, um bastão. E foi lhe dito para por o bastão no chão. O bastão estava no chão, e transformou-se em serpente; e Moisés cobriu-o antes. E o Senhor disse a Moisés, Ponha a mão sobre ela e pegue-a pela cauda. E ele pôs a mão sobre ela e a pegou pela cauda, e ela transformou-se em um bastão em sua mão. ( Êxodo 4:2-4)”.

Os incríveis mosaicos de Madaba
Descemos do Monte Nebo e fizemos uma parada numa fábrica de mosaicos da cidade de Madaba. Essa é a especialidade maior da arte local. Na fábrica existe uma grande loja com produtos da “Jordânia”, mas sobretudo mosaicos.


Madaba fica 35 quilômetros a sul de Amã e na base do Monte Nebo. Recebe muitos turistas e possui uma boa infraestrutura, com hotéis e restaurantes para atender aos peregrinos que vão conhecer o Monte Nebo, ou outros que vão atrás dos seus mosaicos espetaculares.

A principal atração de Madaba é a Igreja Ortodoxa Grega de São Jorge, onde se encontra o mosaico mais famoso do mundo, com mais de 2 milhões de peças, construído no século VI e que retrata o mapa da Terra Santa e de Jerusalém.

Originalmente o mosaico tinha 15,6 metros de largura por 6 metros de altura, resultando numa área de aproximadamente 94 metros quadrados. O que restou do mosaico está preservado e pode ser visto no piso da igreja.

Logo no pátio externo da igreja existe uma tela com uma reprodução do mosaico, que os guias utilizam para explicar aos visitantes os detalhes da imagem, mostrando mais claramente: o Rio Jordão, o Mar Morto, a cidade de Jericó e Jerusalém.

No interior da igreja vários mosaicos que representam Santos e passagens bíblicas estão espalhados pelas paredes. O trabalho é majestoso e atrai milhares de visitantes.

Almoçamos em Madaba e seguimos viagem para Petra, o destino principal de uma viagem à Jordânia. A chegada à região de Petra já encanta pelo relevo dos arredores do sítio arqueológico. Um conjunto de montanhas coloridas, com sinais evidentes da ação do tempo geológico, forma uma paisagem mágica para o final da tarde.

Fomos direto para o bom Hotel Hayat Zaman, localizado no alto de uma encosta do relevo, com vistas excelentes para o vale da região de Petra. Amanhã teremos um dos dias mais esperados dessa viagem.

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Joaquim Nery Filho é geógrafo, agente de viagens e empresário do showbusiness. Apaixonado por viagens e fotografia.