As Falésias de Moher
- 4028 Views
- joaquimnery
- 2 de dezembro de 2018
- Destaques Europa Irlanda Reino Unido
15 de setembro de 2018
Estávamos na costa oeste da Irlanda. Saímos da cidade de Kilarney com o objetivo de chegar no final do dia na cidade de Galway. Passamos antes pela pequena e charmosa cidade histórica de Adare, no Condado de Limerick, com aproximadamente 2.700 habitantes.

Adare é uma cidadezinha romântica, muito popular entre os irlandeses, fica a apenas 16 quilômetros da cidade de Limerick, que é maior e por isso tem mais infraestrutura de hospedagem. Como Adare é muito perto, muitos visitantes optam por ficar em Limerick. Nós estávamos de passagem. Estacionamos o carro e circulamos um pouco pela cidade.

As Adare Cottage formam um conjunto de casinhas de palha do século XIX que estão entre as principais atrações da cidade. Hoje abrigam lojas de roupas, artesanatos e galerias de arte.

Quase em frente às Cottage fica o The Trinitarian Priory, um antigo mosteiro do século XIII, que hoje funciona como igreja católica e está bem preservado.

Deixamos Adare para trás e seguimos para o nosso principal destino do dia, as Falésias de Moher (Cliffs of Moher), a aproximadamente 100 quilômetros de Adare. Fizemos a viagem em quase duas horas, pois dirigíamos com cautela para nos acostumarmos à mão inglesa.

Na chegada ao Cliffs of Moher, no Condado de Clare, existe um grande estacionamento, pois essa é uma das mais importantes atrações turísticas da Irlanda, recebendo quase um milhão de visitantes por ano.

Passamos no centro de visitantes, com lanchonetes, banheiros e todo apoio aos turistas, onde é possível assistir a um filme com belas imagens, que demonstram a formação geológica das falésias e enfatiza a vida selvagem do local.

As falésias se estendem por 8 km ao longo de uma costa com mar agitado e selvagem no Oceano Atlântico. Em alguns trechos as falésias chegam a 214 metros de altura. Em dias de céu claro, o que não é tão comum por aí, em função de um clima insistentemente úmido que a Irlanda possui, é possível ver até a Baía de Galway, a muitos quilômetros de distância.

Existe uma trilha que acompanha as encostas das falésias nos dois sentidos opostos ao centro de visitantes. No caminho para o norte, chega-se à Torre O’Brien, uma torre de pedra, redonda, do século XIX, construída em 1835, já com o objetivo de servir como ponto de observação para visitantes que procuravam essa maravilha da natureza.

A Irlanda possui um relevo predominantemente planáltico que mergulha abruptamente nas falésias litorâneas e as de Moher são as mais belas e impressionantes. Nas encostas, existem muitos ninhos de aves marinhas e por isso a região é uma Área Especial de Proteção Ambiental.

Os visitantes costumam ir além da passarela protegida e se arriscam na beira do penhasco para ver quem faz a fotografia mais perigosa. Toda a trilha é sinalizada, mas em alguns trechos fica bastante estreita.

Ao lado das Falésias de Moher, existem fazendas de agropecuária com criação de bovinos e ovinos. Os animais pastam bem perto do precipício. Acidentes com homens e animais já aconteceram por aí.


Deixamos os Cliffs Of Moher para trás, com a alma lavada e seguimos para Galway. Fomos direto para o bom Hotel Park House, com excelente localização, a 200 metros da Quay Street, a principal rua de agito da cidade, onde ficam os pubs e principais restaurantes. Deixamos as malas no hotel e seguimos a pé para a Quay Street, que é uma festa permanente. Jantamos no excelente Restaurante Martine’s, na Quay Street.

Joaquim Nery Filho é geógrafo, agente de viagens e empresário do showbusiness. Apaixonado por viagens e fotografia.