SISSI, A IMPETRATRIZ DA ÁUSTRIA
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- joaquimnery
- 24 de maio de 2017
- Áustria
01 de maio de 2017
A Michaelerplatz é o centro da cultura imperial dos Habsburgo. A praça fica no final da Kohlmarkt, a famosa rua das grifes de Viena. O movimento de visitantes no local é grande. Muitas carruagens oferecem serviços guiados para os turistas, e partem daí.

Na lateral da praça, a Igreja de São Miguel, Michaelerkirche, do século XVIII, em estilo românico, se destaca. Possui um altar maravilhoso e visualmente moderno para a época que foi concebido.


Aí também na Michaelerplatz fica o grande Palácio Imperial Hofburg, distribuído em vários prédios, construídos em épocas diferentes e em diferentes estilos. Foi o centro de poder dos Habsburgos, por setecentos anos. Desde o século XIII, até 1918, quando houve a proclamação da república.

O complexo Hofburg contempla os aposentos reais, os tesouros dos Habsburgos, vários museus, uma capela, uma igreja, a Biblioteca Nacional da Áustria, a Escola Espanhola de Equitação e os gabinetes do Presidente da Áustria.

Dentre os moradores especiais do Palácio Imperial Hofburg, destacam-se a Imperatriz Isabel ou Elizabeth, mundialmente conhecida como Sissi, e o seu marido, o Imperador Francisco José. Sissi era uma jovem da região da Bavária, atual área sul da Alemanha, que se casou com o Imperador Francisco José, quando tinha 16 anos. Jamais aceitou as regras e os rigores da corte. Vivia angustiada e criou um estilo próprio de governar.

Tinha uma personalidade moderna para a época em que vivia. Sissi cultuava a beleza. Fazia atividades físicas regulares, possuía salas de ginástica no seu palácio. Fazia uma dieta alimentar regrada, o que lhe dava um corpo esbelto e magro demais para os padrões de beleza da época.

A Imperatriz Isabel jamais aceitou os rigores da vida na corte. Se rebelou às regras e isso prejudicou muito o seu relacionamento com o Imperador Francisco José. Sofria de depressão. Não tinha um bom relacionamento com a sogra, a aquiduquesa Sofia. A vida de Sissi foi retratada de forma romantizada no filme que levava o seu nome e estrelado pela atriz austríaca Romy Schneider.

Devido ao desgaste no relacionamento com a sogra e com o marido, a Imperatriz Sissi costumava viajar muito pelos países do Império Austro-Húngaro. Viveu muito tempo em Budapeste, na Hungria, em detrimento de Viena na Áustria.

A angústia de Sissi aumentou ainda mais a partir do suicídio do seu único filho homem, o príncipe herdeiro Rodolfo, que foi encontrado morto ao lado da amante Maria Vetsera. Sissi nunca superou a morte de Rudolfo. A Imperatriz acabou sendo assassinada por um anarquista italiano na cidade suíça de Genebra, em 1898.

É aí no Palácio Imperial Hofburg que fica o Museu de Sissi. No museu destacam-se as suntuosas pratarias usadas nos grandes banquetes imperiais.

Visitamos também os aposentos imperiais, que foram usados por Francisco José, de 1857 a 1916 e por Sissi, de 1854 a 1898. Dentre os cômodos, destacam-se a pequena academia de ginástica e o banheiro da Imperatriz Isabel.

Joaquim Nery Filho é geógrafo, agente de viagens e empresário do showbusiness. Apaixonado por viagens e fotografia.