Fomos passar o Réveillon em Amsterdam
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- joaquimnery
- 5 de agosto de 2014
- Destaques Europa França Holanda
31/12/1991
Na véspera do Ano Novo, pegamos o carro para viajar até Amsterdam. Saímos de Paris às 11h pela autoestrada que dá acesso ao nordeste da França, passamos pela região industrial de Lilie e entramos na Bélgica onde a paisagem é formada por imensas planícies com áreas de cultivo e pastagens.

Entramos na Holanda onde observamos a formação dos pôlderes (áreas aterradas ao mar e que se transformaram em campos de cultivo) e os seus moinhos.

Chegamos a Amsterdam às 17h e fomos procurar um hotel para passar a noite. Tivemos dificuldades, pois era a noite do Reveillon e não tínhamos reservas. Sebastião Nery na sua sabedoria insistia para que fossemos para o “Centrum”, o centro histórico da cidade, onde teríamos mais chances de conseguir hospedagem.

Conseguimos um apartamento para Sebastião Nery e Cristina no lendário Hotel L’Europe e a duas quadras dali ficamos (eu e Mônica), num hotel mais simples, onde havia apenas um apartamento vago. Ambos ficavam na parte central da cidade ao lado dos canais de Amsterdam.

O Hotel L’Europe, fica na beira de um dos canais, num prédio antigo, mas com localização conforto espetaculares. Está muito próximo das principais atrações turísticas da cidade.

Amsterdam impressiona desde o início pela sua arquitetura. É a capital e a maior cidade dos Países Baixos ou Nederland, o nome oficial da Holanda. Possui aproximadamente 800 mil habitantes. A sua localização estratégica, com um excelente porto marítimo e fluvial, no grande delta do Rio Reno, quando ele se mistura ao Rio Amstel, possibilitando a ligação entre o Mar do Norte e o interior da Europa, estimularam o seu crescimento.

A cidade é cheia de canais, são ao todo 12 quilômetros e 1300 pontes, por esse fato recebe o apelido de “Veneza do Norte”. Foi construída sobre áreas aterradas ao mar (pôlderes), uma característica da Holanda.

Almoçamos no excelente restaurante Excelsior no próprio Hotel L’Europe, onde Sebastião Nery estava hospedado.

Após o almoço saímos de carro em direção à principal área de boemia da cidade, uma das suas atrações turísticas, é o Red Light District, ou Bairro da Luz Vermelha, onde as prostitutas se colocam em vitrines, nas fachadas das casas e atraem clientes que circulam por aí.

Nas ruas da área de prostituição de Amsterdam pudemos ver essas vitrines, onde as mulheres se expõem à espera dos fregueses. A prostituição e o uso de drogas é aceito livremente, o que atrai muita gente para a capital holandesa. Existem regras e éticas comportamentais, mas muitos turistas vão à Amsterdam atraídos pelo sexo comercial.

É comum em lojas de suvenires, a existência de cartões postais e objetos de decoração fazendo alusão a essa característica da cidade.

Era a véspera do Ano Novo e tinha uma multidão nas ruas, estavam animados, soltavam fogos e portavam garrafas de champagne nas mãos. Ficamos impressionados com a grande quantidade de jovens embriagados e drogados, com uma aparência assustadora e agressiva. Seguimos em direção à Praça Rembrant onde acontece a festa de Reveillon. Entramos num restaurante italiano e abrimos uma champagne para brindar a virada do ano.

À meia noite a cidade explodiu em fogos de artifício e havia uma multidão comemorando na praça a chegada do ano novo. Nos canais aconteciam espetáculos de circo, com queima de dragões e outras alegorias com fogos de artifício. A presença de bêbados e drogados era assustadora e tensa, porém pacífica. Ficamos inibidos e fomos para o hotel às 2h da manhã.
Joaquim Nery Filho é geógrafo, agente de viagens e empresário do showbusiness. Apaixonado por viagens e fotografia.