Gallipoli, uma “Cidade Bela” no sul da Itália
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- joaquimnery
- 4 de janeiro de 2015
- Destaques Europa Itália
11/10/2014
Hoje o nosso grupo diminuiu, Beto e Kika (Dr. Alberto Vasconcelos e Dra. Kika Teixeira) nos deixaram e seguiram viagem de volta para Roma e no dia seguinte partiriam para o Brasil. A partir daí seguiríamos nós, eu e Monica, Dr. Eduardo Nery e Dra. Marise Nery.

Saímos pela manhã através de uma excelente estrada em direção a Gallipoli, uma cidade na costa da Península de Salento, no Mar Jônico, na parte oeste do “salto da bota” italiana. Gallipoli fica a cerca de 40 quilômetros de Lecce.

O nome Gallipoli vem da palavra grega Kallipolis: Kalli, que significa Bela e Poli que significa Cidade. A “Cidade Bela” foi fundada na época da Magna Grécia, quando os gregos ocuparam todo o sul da Itália durante parte da Idade Antiga. Existe uma importante cidade homônima à Gallipoli italiana, na Turquia, na entrada do Estreito de Dardanelos.

A cidade tem uma posição estratégica no extremo sul da Itália, possui um bom porto, e por isso mesmo sempre teve participação ativa na rica história do país.

Chegamos em Gallipoli e fomos direto para a zona do porto, onde existe um amplo estacionamento e por ser uma área anexa ao burgo central, ficaria fácil para conhecermos a cidade a pé a partir daí. No caís do porto, os barcos de pesca tinham acabado de chegar e o comércio dos peixes frescos estava sendo feito ali na hora, muitos deles vendidos ainda vivos. Donos de restaurantes e moradores da cidade vão até aí todos os dias para pegar o “peixe do dia”.

A cidade atualmente possui forte vocação turística. O burgo antigo fica numa ilhota interligada à cidade nova, é rodeado por altas muralhas que descem até o mar.

Começamos a andar pela borda da muralha que cerca a cidade, onde observamos os barcos de pesca e seus pescadores, que naquele momento estavam consertando as suas redes e realizando outras tarefas de rotina, mantendo hábitos antigos. Essa parte de Gallipoli parou no tempo.

Nos perdemos no labirinto de ruelas de Gallipoli e essa foi a diversão do dia. Observar as pessoas e os seus comportamentos. A bela surpresa ficou para a Catedral de Sant’Agata onde estava acontecendo um casamento. Não resistimos à tentação e entramos na festa da igreja. A Catedral é imponente, possui pinturas maravilhosas e é impressionante pois não tem recuo suficiente para que possamos admirar a sua bela fachada barroca.

Continuamos caminhando pela cidadela, tentando encontrar o caminho de volta para o carro e chamou a atenção o cheiro bom de roupa lavada que era colocada sobre as sacadas das casas ou em varais pelas ruas.

Joaquim Nery Filho é geógrafo, agente de viagens e empresário do showbusiness. Apaixonado por viagens e fotografia.