Panteão, o templo de todos os Deuses
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- joaquimnery
- 25 de outubro de 2014
- Destaques Europa Itália
24/09/2014
Continuamos andando pelas ruas da Roma Antiga e paramos na Piazza Collona para admirar a fantástica Coluna de Marco Aurélio que foi erguida nessa praça após a morte do Imperador no ano de 180 d.C., para comemorar as suas vitórias nas guerras contra os bárbaros do Danúbio.

A coluna possui desenhos em baixo relevo, em toda a sua estrutura, contando as histórias das batalhas. É uma clara imitação da Coluna de Trajano, que é mais importante do ponto de vista histórico e está na área do Fórum de Trajano.

Seguimos adiante, admirando os artistas de rua que se espalham pelas vielas da Roma Antiga e chegamos até a Praça do Panteão, onde músicos tocam piano de cauda em plena praça, cantam sucessos e clássicos mundiais como Pink Floyd, Frank Sinatra ou as versões diversas da Bossa Nova.

Chegamos ao Panteão, um dos monumentos mais impressionantes em Roma, pois de todos os edifícios históricos romanos, o Pantheon (Panteão), ou Pantheon de Agripa, é o único perfeitamente preservado e que foi originalmente construído na época greco-romana, no século 27 a.C., por Agripa, no período da República Romana, possuía um projeto retangular convencional.

O edifício atual é de 118 d.C. e se encontra em perfeito estado de conservação. Foi construído e talvez projetado pelo Imperador Adriano, apaixonado por arquitetura e construção. Desde então o Panteão sempre foi usado pelos romanos. Primeiro como templo dedicado a Todos os Deuses e a partir do século VII, como templo cristão. O fato de ser um local de grande religiosidade protegeu o Panteão das destruições bárbaras.

No interior do Panteão um incrível, grande domo hemisférico possui o raio equivalente à altura do cilindro, o que garante proporções perfeitas e harmoniosas. No alto do cilindro, a abóboda impressiona pela imensidão e o óculo, uma abertura circular no teto, possibilita a entrada de luz que ilumina o interior do templo.

O panteão foi transformado em igreja no século XVII, para afastar os “demônios” que existiam lá dentro. Assim acreditavam os cristão dessa época. Hoje existem vários túmulo no interior do templo. Dentre eles o de Rafael e o suntuoso túmulo de Vittorio Emanuele II, Rei da Itália unificada.

Seguimos até a Piazza Navona, um dos lugares mais encantadores de Roma e a sua praça mais bela. A praça está instalada sobre um antigo estádio romano, do século 1o d.C., usado para competições de atletismo. Nos arredores da Piazza Navona existem vários restaurantes e cafés. É uma boa pedida jantar por aí, “retinando” o movimento da Praça.

A sua atual aparência vem do século XVII, quando foi implantada aí a Fontana dei Quattro Fiume (Fonte dos Quatro Rios), a mais importante obra de Bernini, com figuras sentadas sobre rochas, abaixo de um obelisco e que representam os quatro maiores rios do mundo, já conhecidos até então: Nilo, Prata, Ganges e Danúbio.

É aí na Praça Navona que fica a Embaixada do Brasil, num belíssimo prédio histórico de Roma. Jantamos numa tratoria típica nos entornos da Piazza Navona e voltamos ao hotel.

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Joaquim Nery Filho é geógrafo, agente de viagens e empresário do showbusiness. Apaixonado por viagens e fotografia.