ASSILAH, UM TESOURO ESCONDIDO NA COSTA DO MARROCOS
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- joaquimnery
- 13 de agosto de 2018
- África Marrocos
14 de abril de 2018
Saímos de Casablanca com destino a Tanger, onde passaríamos a nossa última noite no Marrocos. A viagem entre Casablanca e Tanger possui 340 km de uma boa estrada que deveríamos fazer em aproximadamente 4 horas. Na saída para Tanger, passamos no Rick’s Café para tirar fotos e lembrar do icônico filme “Casablanca”.

O filme Casablanca eternizou a cidade na cultura ocidental. Quando visitamos a grande metrópole marroquina, não conseguimos ver nada daquilo que está no filme, mas não deixamos de sonhar com a Ingrid Bergman e Humphrey Bogard na sua história de amor. A fama da cidade vem daí e dá uma vontade imensa de ouvir “As Time Goes By”.

Tiramos fotos na frente do Rick’s Café. Ele ainda existe, mas está totalmente descaracterizado. Como passamos pela manhã bem cedo, estava fechado e tivemos que nos contentar com as fotos externas.

Saímos para Tanger pela estrada que acompanha o litoral. As áreas agrícolas do “Marrocos Verde” estão por todos os lados. As vastas planícies sedimentares com solo rico ficam protegidas pela Cordilheira dos Atlas, formando uma região muito fértil, bastante cultivada, com policultura.

Por sugestão do nosso excelente guia marroquino, Othman, decidimos parar em Assilah, uma cidadezinha litorânea que foi o ponto alto do dia. A cidade de origem portuguesa é uma maravilha escondida no Marrocos.

O pequeno balneário e vila de pescadores parece um dos povoados brancos das Ilhas Gregas. As casas brancas com portas e janelas azuis são um marco da cidade. Almoçamos num restaurante charmoso na beira do mar e o cardápio com paella e frutos do mar é espanhol.

Circulamos pelos becos e ruelas da antiga Medina de Assilah o bairro é charmoso, muitas das casas foram transformadas em lojas de artesanato, lembranças do Marrocos, restaurantes, etc.

Um dos destaques da Medina de Assilah é a presença dos murais pintados nos muros e fachadas das casas. Um convite à fotografia.

Depois de circular pelas ruelas de Assilah, seguimos até o píer, de onde se tem uma vista excelente dos muros da Medina. A cidade foi fundada pelos cartagineses, passou pelas mãos dos romanos, sofreu grande influência dos espanhóis até ser conquistada pelos portugueses em 1471. Os portugueses foram responsáveis por boa parte da arquitetura atual de Assilah, sobretudo os muros da Medina.

Deixamos Assilah para trás com a “alma lavada”. Chegamos a Tanger no final da tarde e fizemos uma visita panorâmica à cidade. Tanger não era o nosso destino. Tínhamos ido até aí para atravessar o Estreito de Gibraltar, o que faríamos no dia seguinte. A cidade tem uma grande importância estratégica, pois está na borda do Estreito de Gibraltar e portanto, na entrada do Mar Mediterrâneo, possui uma forte ligação com a Europa, em especial com a Península Ibérica.

Seguimos direto para o hotel e atravessamos toda a orla da cidade. Quando chegamos no destino, descobrimos que estávamos no hotel errado. Tivemos que voltar e adoramos, pois acabamos fazendo esse tour panorâmico pela orla da cidade.

Ficamos impressionados com a orla de Tanger. Um imenso e moderno calçadão, com áreas de lazer completas.

Joaquim Nery Filho é geógrafo, agente de viagens e empresário do showbusiness. Apaixonado por viagens e fotografia.