ESTÁVAMOS PRÁ LÁ DE MARRAKECH
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- joaquimnery
- 24 de julho de 2018
- Marrocos
11 de abril de 2018
Saímos de Ouarzazate em direção ao centro do Marrocos, o destino no final do dia seria Marrakech, mas a estrada nos apresentou surpresas agradáveis. O Alto Atlas é a cadeia de montanhas mais alta do Marrocos, cruza o país ao meio em diagonal por mais de mil quilômetros. A sul, o Deserto do Saara e os seus arredores, a norte os vales férteis do Magreb.

Durante a primavera e outono a região é um paraíso para trilheiros. No inverno, a neve cai com intensidade e dificulta o acesso à região. Nessa época o turismo para o deserto fica prejudicado, pois por vários momentos as estradas ficam interditadas, em compensação surgem as estações de esqui e outros esportes de inverno.

A estrada é sinuosa e precisa ser percorrida com muito cuidado. O nosso motorista Abdou era um expert e nos deixou bastante à vontade e confiantes. Os rios que nascem no Alto Atlas e correm para o norte, em direção a Marrakech, são perenes, já os que vão para o sul, em direção ao Saara, na sua maioria desaparecem sob a areia.

Quando atravessamos a parte mais alta dos Atlas, a paisagem muda abruptamente e os férteis vales do Marrocos começam a aparecer com áreas agrícolas totalmente cultivadas.

Percorremos os 200 km de distância entre Ouarzazate e Marrakech em aproximadamente 4h, por causa das dificuldades com a estrada. Boa parte dela estava em obras para duplicação.

Chegamos a Marrakech e fomos almoçar no centro. A cidade é frenética e movimentada, impressiona desde a chegada. Avenidas largas e a inconfundível cor de tons avermelhados das suas casas e edifícios. A Mesquita Koutoubia domina toda a paisagem urbana da cidade.

Marrakech, a “Pérola do Sul”, é uma das cidades imperiais do Marrocos, a segunda mais antiga. Foi fundada pelos berberes almorávidas no final do século XI e passou a centralizar o comércio entre o interior da África e a Europa e já no século XII, com a dinastia Almoada, viveu momentos de grande esplendor. Hoje é a maior atração turística do país. Nos dias mais claros a cordilheira dos Atlas, com os seus picos cobertos de neve, serve de moldura para a paisagem urbana.

Após o almoço, seguimos direto para conhecer o Jardim Majorelle, a primeira visita que decidimos fazer na cidade. Como o complexo dos jardins fica fora da Medina, preferimos fazer assim para no dia seguinte nos dedicarmos totalmente ao centro histórico de Marrakech.

Joaquim Nery Filho é geógrafo, agente de viagens e empresário do showbusiness. Apaixonado por viagens e fotografia.