O voo sobre a Costa do Esqueleto na Namíbia
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- joaquimnery
- 26 de maio de 2012
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- África Destaques Namíbia
Março de 2012
Saímos pela manhã, deixando a região de Sossusvlei para trás, pegamos um voo panorâmico com destino a Damaraland. Num avião pequeno, para seis lugares, o piloto nos avisou que faríamos um voo baixo sobre a região, até chegarmos a Swakopmund, onde pararíamos para abastecer e seguir viagem.

A primeira parte do voo foi um presente. Passamos sobre as dunas de areia vermelha e nos despedimos de Sossusvlei. As dunas vão clareando pouco a pouco até mudarem totalmente de cor e se transformam no Deserto da Namíbia. É uma grande extensão de areias contínuas até o encontro com o mar.

Na Namíbia o deserto se encontra com o mar. O motivo é a presença da Corrente fria de Benguela, que diminui a evaporação oceânica e favorece a formação do deserto litorâneo.

Na imensidão do Deserto da Namíbia está sob as dunas a maior riqueza do país, a imensa reserva de diamantes, alguns aparecem misturados com a areia das dunas e na beira da praia. Durante o período em que a Namíbia ficou ocupada pela África do Sul, os sul-africanos exploraram a grande reserva de diamantes do deserto e em alguns lugares, encontrá-lo ficou mais difícil pelas condições inóspitas da região.

Hoje, muitos campos de exploração de diamantes, antigos, em função da dificuldade de acesso e sobrevivência no deserto, foram totalmente abandonados e se transformaram em construções fantasmas no meio do deserto. No nosso voo panorâmico deu para ver tudo lá de cima.
Essa região é conhecida com a Costa do Esqueleto. O mar é uma armadilha e muitos foram os naufrágios que aconteceram por aí. Ainda hoje continuam acontecendo em função da dificuldade de sinalização e pelas mudanças sofridas nos bancos de areia.

Lá de cima deu para ver o resto de um navio naufragado, que hoje está a mais de um quilômetro de distância do mar, pois o deserto continua avançando sobre o oceano.
Avistamos lá de cima vários conjuntos de focas. Na Costa do Esqueleto aparecem alguns dos maiores conjuntos do mundo, os leões-marinhos chegam por aí levadas pela corrente fria de Benguela, que sai da Antártida.

No final do voo panorâmico ainda vimos as Paredes de Dunas, são locais, onde as dunas se jogam sobre o mar e o deserto continua a avançar.

Fizemos uma parada técnica em Swakopmund, uma importante cidade litorânea da Namíbia, que possui um grande porto e deu para vermos, lá de cima, alguns resorts no meio do nada, entre o deserto e o mar. Abastecemos o avião e seguimos viagem.

Foi mais uma hora de voo até chegarmos à região de Damaraland. Essa parte do voo foi ruim. O avião foi mais alto e na aproximação para Damaraland, balançou bastante.

Joaquim Nery Filho é geógrafo, agente de viagens e empresário do showbusiness. Apaixonado por viagens e fotografia.
Comments (3)
joaquimnery
21 abr 2017Obrigado Maria. Já corrigi.
Maria Patrocínio
18 abr 2017Não são focas, são leões-marinhos ha ha
Anônimo
09 dez 2015Muinto bonita á Namibia,suzilandiaRodezia d’africains du Sul