A aldeia Masai no Quênia
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- joaquimnery
- 26 de setembro de 2015
- Quênia
08 de agosto de 2015
Começamos o dia visitando uma aldeia masai próxima ao Tipilikwani Mara Camp, onde ficamos hospedados, na primeira noite que passamos na Reserva Masai Mara, no Quênia. Chegamos à aldeia masai e fomos recebidos de forma muito carinhosa pelo chefe da tribo e uma espécie de relações públicas do grupo.

Os masai são altos e magros, formam um grupo nômade de guerreiros destemidos dessa região dos planaltos africanos. Vivem entre o Quênia e a Tanzânia e é o único povo que pode circular livremente entre os dois países, sem restrições.

Os guerreiros que nos receberam, fizeram demonstrações das danças masai. Uma das características dessas danças é que, nas festas e solenidades da aldeia, eles cantam e costumam pular bem alto, com o objetivo de conquistar as suas parceiras.

Fomos recebidos com muito carinho. As mulheres organizaram uma fila e cantaram músicas tribais para nos saudar. Usavam colares de contas e roupas muito coloridas, com predominância da cor vermelha.


Na tentativa de nos impressionar, uns guerreiros masai fizeram uma demonstração, acendendo fogo de forma primitiva, esfregando um pedaço de pau numa pedra.

Os masai são criadores de gado e famosos como caçadores de leões. Cuidam dos rebanhos com esmero e aproveitam tudo que o gado pode fornecer, o leite, a carne, o couro e até o sangue.

A importância de um masai na sua comunidade e a sua classe social está relacionada com a quantidade de vacas que possui. Eles acreditam que todas as vacas do mundo lhes pertencem.

As aldeias masai são formadas por casas simples e pequenas, feitas de esterco de vaca e de elefante. No interior das casas, existem apenas pequenos buracos (janelas), que servem para a passagem da luz, mas que protegem a família contra a entrada de animais.


Ao redor das casas coloca-se uma cerca redonda de espinhos que serve para afastar os predadores. À noite eles trazem o gado para dentro da área desse cercado, para proteger os animais. O ambiente é fétido e insalubre.

No final da visitação, fomos conduzidos a um terreiro, onde as mulheres expunham os seus artesanatos. Panos masai, colares, pulseiras e outros objetos, bastante coloridos. É natural que os visitantes comprem alguma coisa para ajudar à aldeia.

Joaquim Nery Filho é geógrafo, agente de viagens e empresário do showbusiness. Apaixonado por viagens e fotografia.