O guepardo e os gnus
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- joaquimnery
- 4 de outubro de 2015
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- África Destaques Quênia
08 de agosto de 2015
Saímos da Aldeia Masai e fomos direto para o safari fotográfico da manhã. A primeira cena que presenciamos já foi rara e espetacular. Estávamos observando uma manada de gnus, quando o nosso guia avistou um belo guepardo que estava de sentinela no meio da pastagem da savana.

O guepardo ou chita é um felino comum nas savanas africanas que fisicamente se parece bastante com o leopardo, mas com algumas características diferentes. Ao contrário dos leopardos, os guepardos, raramente sobem em árvores, preferem caminhar pelas savanas e costumam dormir sobre pequenas elevações, como formigueiros, de onde possam observar ao redor e se proteger de inimigos naturais.

As chitas têm uma cabeça pequena e aerodinâmica, além de pernas longas e uma coluna flexível. A sua grande cauda serve para dar estabilidade nas curvas. Tudo isso contribui para que eles tenham uma velocidade excepcional, sobretudo quando estão em perseguição às suas presas.

O guepardo é um predador que usa como estratégia principal a sua alta velocidade na perseguição à presa. Consegue alcançar até 115km/h. É considerado o mais rápido dos animais terrestres.

A grande velocidade do guepardo se dá em corridas curtas, de até 500 metros, portanto para ter sucesso na sua caçada ele precisa se aproximar bastante da presa. Foi isso que ficamos vendo. O guepardo que estávamos observando tentava chegar perto de um grupo de gnus de forma muito lenta e cautelosa, mas aquele não era o seu dia. Os gnus sentiam a aproximação do animal e se afastavam dele.

O guepardo não chegou a disparar o ataque, o grupo de gnus era grande e quando identificaram o guepardo, começaram a intimidá-lo. Lentamente ele se afastava e procurava se aproximar de alguns animais desgarrados.

Ficamos ali por mais de uma hora. Nesse tempo ele fez algumas tentativas de aproximação mas sem sucesso.

Deixamos a chita para trás e seguimos adiante. Na savana, a vida e a morte estão entrelaçadas e têm os seus protagonistas. Os abutres sobrevoam os campos a todo momento. Encontramos vários grupos de abutres e maribus. Comedores de carniça. Eles são responsáveis por limpar a savana. Sem eles o cheiro de carniça seria insuportável.

Um dos momentos impactantes foi encontrar um babuíno que estava à beira da morte. O animal estava vivo, mas dava para ver que muito fraco. Ao seu redor um grupo de abutres esperava a agonia final para atacar e fazer o banquete.

Seguimos para o Ashnil Mara Camp que iria ser a nossa segunda “morada”, na Reserva Masai Mara. O acampamento está situado na borda do legendário Rio Mara, por isso foi o que escolhemos. Queríamos estar próximos ao local onde a Grande Migração dos gnus e zebras acontece, e onde fazem a travessia do rio.


O Ashnil é um acampamento de luxo com mais de 40 barracas/quartos, com toda a infraestrutura de um bom hotel. Os quartos são de lona tensionada, mas possuem duas camas king size, banheiro privativo, com água quente, wi-fi e outras amenidades.


Almoçamos por aí e fomos descansar, pois no final da tarde teríamos o segundo safari do dia.

Joaquim Nery Filho é geógrafo, agente de viagens e empresário do showbusiness. Apaixonado por viagens e fotografia.
Comments (3)
mariel
05 out 2015O mundo não é uma maravilha?
Anônimo
05 out 2015Muito interessante tuas reportagens. Sucesso
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Sérgio Belleza
05 out 2015Maravilha…