O destaque do safari foi a Black Mamba
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- joaquimnery
- 20 de setembro de 2015
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- África Quênia
07 de agosto de 2015
O primeiro safari que fizemos na Reserva Masai Mara, já nos deu uma ideia do que iríamos ver pela frente. A savana estava verde e cheia de vida. As pastagens ocupavam todo o horizonte ao nosso alcance e eram interrompidas apenas pelas grandes manadas de gnus e zebras.

Os gnus são animais da família dos bovídeos, que incluem os bovinos, caprinos, bubalinos e antílopes. Habitam a savana africana em toda a sua extensão. No Quênia, as manadas de gnus podem chegar a 2 milhões de animais. São caçados por leões, leopardos, hienas, crocodilos e cães selvagens. Geralmente os predadores preferem caçar os animais doentes, mais velhos ou então os mais jovens que se tornam presas mais fáceis.

As zebras são da família dos cavalos e também vivem nas savanas africanas. É muito comum, pastarem junto com os gnus, pois exercem uma proteção mútua com relação aos predadores. Possuem uma excelente visão, que se completa com o olfato apurado dos gnus. Nas manadas, enquanto descansam, uma zebra costuma ficar com a cabeça apoiada no lombo de outra, para que possam vigiar lados opostos e portanto “varrer” uma área de 360 graus.

Nas andanças do safari, encontramos um casal de Pássaros Secretários (Secretary Bird), uma grande ave de rapina da savana, de hábitos diurnos, que costuma caçar serpentes, o seu alimento preferido. Possuem patas longas com garras afiadas. Os Pássaros Secretários vivem sobretudo nas savanas, são animais de grande porte, podem chegar a até dois metros de envergadura. Possuem um bom voo.

Flagramos também, muitos javalis-africanos. Possuem uma grande cabeça, e o corpo em forma de barril. A presença de verrugas na cara justifica o nome em inglês de “warthog” (porco-verruguento). São animais típicos das savanas e adapta-se bem às regiões áridas. Costumam pastar de joelhos, apoiados pelos membros posteriores.

As Gazelas-de-Thompson (Thompson Gazelas) são muito numerosas. É uma das espécies mais abundantes da África. Vivem em bandos misturados de machos, fêmeas e filhotes, com aproximadamente 60 indivíduos. Quando migram, podem formar grupos gigantescos, de até mil animais. Quando fogem dos predadores, podem chegar a velocidade de 100 km/h.

Vimos também muitas impalas. Andam em bandos de aproximadamente 50 a 60 animais. No grupo existe apenas um macho adulto para 60 fêmeas. É comum encontrarmos também grupos de machos solteiros. Quando fogem dos predadores, podem chegar a 90 km/h e saltar até seis metros.

Nessa época do ano, as savanas do Quênia possuem grandes manadas de topis pois costumam fazer a Grande Migração, junto com os gnus e as zebras. Os topis são belos antílopes de pelagem castanho avermelhada. São muito presentes nas savanas do Quênia.

O maior destaque dessa primeira tarde de safari ficou por conta da serpente Black Mamba (Mamba-negra). Um animal raro de ver. Avistamos uma Black Mamba com aproximadamente 1,5 metros de comprimento. A serpente é muito venenosa e por isso temida pelos africanos. A depender de onde seja a picada da mamba-negra, a sua vítima pode morrer em até 20 minutos.

É considerada a cobra mais rápida do mundo, podendo se deslocar a 20 km/h. Costuma usar essa velocidade para fugir dos predadores ou para atacar as suas presas. Ficamos algum tempo observando a black mamba. Os carros de safari fizeram um circulo ao seu redor para observarmos melhor um animal que não é tão comum de ser visto.

Joaquim Nery Filho é geógrafo, agente de viagens e empresário do showbusiness. Apaixonado por viagens e fotografia.
Comment (1)
Anônimo
21 set 2015Parabéns! Perfeita narração e belas fotos. Aprendi hj sobre a black mamba .