Um Safari nas margens do Rio Mara, no Quênia
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- joaquimnery
- 11 de outubro de 2015
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- África Quênia
08 de agosto de 2015
Saímos para o safari da tarde, às 16h. No caminho, logo na saída, fomos presenteados por um belíssimo grupo de girafas que estavam na beira da estrada.

As girafas podem chegar a 6 metros de altura. Se alimentam geralmente de folhas, nas árvores mais altas. A sua língua pode chegar a 50 centímetros, o que facilita a coleta, por entre os espinhos, no alto dos galhos das acácias.

Deixamos as girafas para trás e seguimos para a margem do Rio Mara, pois o nosso objetivo principal era ver a travessia dos gnus que acontece nessa época do ano. Do outro lado do rio, um grande grupo de gnus estava reunido. Parecia uma assembleia para tomada de decisões.

Decidiram não atravessar e isso frustrou a nossa tarde. Fomos ao Quênia para ver a travessia. Esse era o nosso segundo dia na Reserva Masai Mara e ainda não tínhamos tido a sorte de presenciar a cena épica. Se não conseguíssemos ver nessa tarde, só nos restaria mais um dia.

Enquanto observávamos os gnus, fomos presenteado por um grande leão macho, que se aproximou do nosso carro. Um grupo de carros de safari cercavam o leão e era visível o seu desconforto. Quando fizemos safaris em Botswana, havia uma regra local, onde apenas três carros podiam ficar observando a mesma cena animal por cada vez. No Quênia, não existe controle sobre o número de carros que podem ficar próximos dos animais.


Seguimos pela beira do rio e ficamos observando os hipopótamos. Vivem a maior parte do tempo dentro d’água, onde podem ficar submersos por até 5min. O objetivo é manter a temperatura do corpo. Saem dos rios à noite para pastar nos arredores. Possuem pelagem grossa e são muito agressivos. Matam mais homens na África do que leões, leopardos e rinocerontes juntos.

Os hipopótamos possuem grandes presas, que mostram com frequência, com o objetivo de intimidar. Seu único predador natural é o leão, que normalmente ataca em bando.

No final da tarde, quando estávamos indo de volta para o Ashnil Mara Camp, vimos uma cena única. Um enorme crocodilo-do-nilo, na beira do Rio Mara estava devorando um gnu. Não vimos a caçada, mas a prova dela estava pendurada na boca do crocodilo.

O crocodilo-do-nilo é o segundo maior do mundo, perdendo apenas para o crocodilo-de-água-salgada. Os machos podem chegar a 5 metros de comprimento. O Rio Mara é infestado desses animais. Eles ficam à espera dos gnus e zebras que precisam atravessar o rio duas vezes por ano em busca das melhores pastagens.

Quando a tarde estava findando e a luminosidade começou a diminuir, decidimos voltar para o Ashnil Mara Camp. Foi um safari maravilhoso, mas ainda não vimos a travessia dos gnus. Ficou para o próximo dia.

Joaquim Nery Filho é geógrafo, agente de viagens e empresário do showbusiness. Apaixonado por viagens e fotografia.
Comment (1)
Paloma Silva
12 out 2015Aaaaa que legaaaal! *—–*