Presas e predadores no Quênia
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- joaquimnery
- 17 de outubro de 2015
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- África Quênia
09 de agosto de 2015
Esse foi o nosso último dia completo na Reserva Masai Mara. Tínhamos a derradeira oportunidade para ver a Travessia do Rio Mara realizada pelos gnus e zebras. Esse era o objetivo principal dessa viagem que começamos a construir um ano antes. Reunimos todos os pensamentos positivos e partimos para o safari. Íamos ficar o dia inteiro na borda do rio para tentar flagrar a passagem dos gnus em algum momento.

Na saída encontramos um belo grupo de girafas que foram anfitriões naquele início de manhã.

O “Ciclo da Vida” está presente em todos os momentos dos safaris no Quênia. O farto capim das savanas alimenta manadas gigantescas de antílopes de todos os tipos e tamanhos. Esses animais são a todo momento caçados pelos predadores. O que sobra da caçada é devorado pelos abutres, maribus e hienas e as carcaças aparecem soltas pela savana.

Às vezes encontramos carcaças penduradas nas árvores altas. Foram antílopes devorados por leopardos. O leopardo quando caça, arrasta a sua presa para o alto das árvores onde se sente protegido de outros predadores como leões e hienas. As vezes, a depender do tamanho da caça, permanece por lá durante uma semana inteira.

No caminho para o Rio Mara encontramos um belo grupo de leões. Os mais admirados e procurados animais das savanas. Reinam absolutos. Eram um macho adulto e três fêmeas. Deram um show.

O macho estava muito ativo. Andava pelos quatro cantos, marcando o seu território.


As fêmeas são as legítimas caçadoras. Na savana da Reserva Masai Mara, nas margens do rio, as presas aparecem por todos os lados. As gazelas-de-thompson estavam lá. São exímias corredoras, mas nem sempre escapam da caçada das leoas.

Vimos também impalas. Estavam tensas e alertas pela presença dos leões. Encaram de frente os seus predadores e emitem sons de alerta para que os leões saibam que foram vistos. Caso ataquem, as impalas correm e muitas vezes conseguem escapar.

Antes de chegar na beira do rio, cruzamos com um chacal. O animal se parece muito com uma raposa. É da família dos cães. O que vimos era um chacal-dourado, comum nessa região do Quênia. Costumam caçar pequenos animais ou comer a sobra daqueles que foram caçados pelos leões.

Finalmente chegamos na beira do rio, onde esperávamos ver a travessia dos gnus. Vimos um primeiro crocodilo-do-nilo, que estava ali a espera da sua refeição. Os crocodilos sabem que os gnus estão vindo e que terão uma excelente oportunidade para um banquete.

Do outro lado do rio alguns elefantes faziam o show.

Passamos uma boa parte da tarde observando à distância um grande leopardo que circulava pela margem oposta do rio à que estávamos posicionados.


Joaquim Nery Filho é geógrafo, agente de viagens e empresário do showbusiness. Apaixonado por viagens e fotografia.
Comments (2)
Anônimo
18 out 2015Legal obg por dividir conosco suas viagens e as mais belas imagens deste mundão maravilhoso, parabéns pelas fotos todas muito belas <3
Maria Helena Angeloni Schmitz
17 out 2015Lindas as tuas viagens e filmagens. Tua forma de descrever né faz viajar tb
Em sábado, 17 de outubro de 2015, Um Pouquinho de Cada Lugar – Joaquim Nery