Começando o safari na Cratera do Ngorongoro
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- joaquimnery
- 8 de novembro de 2015
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- Tanzânia
12 de agosto de 2015
Saímos do Hotel Serena Lodge Cratera do Ngorongoro às 7 horas da manhã para um safari fotográfico de dia inteiro no interior da Cratera do Ngorongoro. Estava muito frio e uma densa neblina cobria a Cratera. Da varanda do nosso quarto não conseguíamos ver o interior do vulcão, mas sabíamos que fortes emoções nos esperavam por lá.

Seguimos pela estrada na borda da Cratera e depois começamos a pegar o caminho de descida. São 600 metros de desnível entre a borda e o interior da Cratera em Ngorongoro.

Logo no início da descida, encontramos com um grupo de Guerreiros Masai que levavam o seu rebanho para as pastagens do interior da Cratera. Fazem isso todos os dias. O Ngorongoro é uma “Área de Preservação”, onde é permitido ao povo Masai, uma convivência harmônica com os animais e com o ecossistema da Cratera como um todo.

Pela manhã eles descem com os rebanhos para aproveitar as melhores pastagens do interior da Cratera e o sal existente nas lagoas salgadas do Ngorongoro, retornando no final do dia para as suas vilas que ficam nos arredores do vulcão.

Começamos o safari e os primeiros animais que vimos foram as hienas. Não tínhamos encontrado hienas até então, nos safaris que fizemos no Masai Mara e no Parque Nacional Lake Manyara, por isso foi muito bom. Nesse dia, as hienas nos acompanharam em várias cenas.

As hienas são predadores da savana de médio e grande porte, têm um corpo esquisito, com as patas traseiras menores que as dianteiras. São grandes caçadores, mas se alimentam sobretudo de carcaças roubadas de outros carnívoros. Não são grandes velocistas, mas perseguem uma presa por muitos quilômetros. Vivem normalmente em grupos de até 40 animais, mas é possível também caçar sozinhas. As fêmeas são dominantes, maiores e mais agressivas que os machos.

Deixamos as hienas para trás e seguimos pelos caminhos da Cratera do Ngorongoro. O destaque ficou por conta de um grupo de grous-coroados. Essas aves são bastante comuns nas savanas africanas. É a mais bonita das aves de sua família. Normalmente andam em grandes grupos.

Continuamos até a pequena “Lagoa dos Hipopótamos”, onde dezenas desses animais gigantescos se espremem em busca de um pouquinho de água para refrescar o corpo.

Vivem a maior parte do tempo dentro d’água, onde podem ficar submersos por até 5min. O objetivo é manter a temperatura do corpo. Saem dos rios à noite para pastar nos arredores. Possuem pelagem grossa e são muito agressivos. Matam mais homens na África do que leões, leopardos e rinocerontes, juntos. Como o homem precisa do rio, ele acaba se expondo aos hipopótamos.

Os hipopótamos possuem grandes presas, que mostram com frequência, com o objetivo de intimidar. Seu único predador natural é o leão, que normalmente ataca em bando e apenas os animais menores.

Os carros não podem sair das estradas que existem no interior da Cratera e isso às vezes faz com que a observação dos animais seja feita de longa distância. Em tempo de seca a poeira é intensa. Vimos muitos gnus, zebras, gazelas e outros antílopes. Apesar de haver um controle no número de carros permitido, a sensação que temos é de que são excessivos.

Na hora do lanche, todos os carros param no mesmo lugar, em volta de um dos lagos existentes no fundo da cratera. É uma forma de proteção contra acidentes envolvendo animais selvagens.

Joaquim Nery Filho é geógrafo, agente de viagens e empresário do showbusiness. Apaixonado por viagens e fotografia.
Comments (3)
Gerbis Garfield
09 nov 2015Prezados contempladores!
Todas as criaturas que ostentam fôlego de vida em seus habitats naturais são essenciais à espécie humana, pois se forem exterminadas, o homem também sucumbirá após elas.
Gerbis Garfield
09 nov 2015Prezados Contempladores!
Todo santuário animal deveria ser preservado para a posteridade, pois se hoje eles forem extintos, essa beleza não se conservará na memória para admitir a sua existência.
mariel
08 nov 2015Os cenários são de tirar o fôlego