O Parque Nacional Lake Manyara
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- joaquimnery
- 1 de novembro de 2015
- África Tanzânia
11 de agosto de 2015
Estávamos em Arusha, na Tanzânia, onde pernoitamos. Uma cidade grande, que sempre teve o papel de entreposto para os safaris que seguem para o oeste da Tanzânia (Lake Manyara, Ngorongoro e Serengeti). Arusha parece um grande acampamento preparatório para viagens de aventura.

O nosso foco principal nessa passagem pela Tanzânia era a Cratera do Ngorongoro, mas começamos pelo safari em Lake Manyara. O Lago Manyara é raso, salgado e de origem geológica. Fica numa depressão ao lado do Great Rift Valley, uma fenda geológica imensa que atravessa o continente africano. Possui aproximadamente 50 km de comprimento e 16 km de largura.

A abundância da vida ao redor do lago é impressionante e isso faz de Lake Manyara, uma excelente área para a realização de safaris. No passado safari de caça, hoje, safari fotográfico.

Desde 1960, foi criado ao redor do lago, o Parque Nacional Lake Manyara, que mais tarde foi transformado em Reserva da Biosfera. A entrada do Parque fica a 120 quilômetros de Arusha, aproximadamente duas horas de viagem, em uma boa estrada, que corta pequenas cidades, povoados e aldeias dos povos da Tanzânia.

A paisagem árida do caminho entre Arusha e Lake Manyara se transforma numa área com vegetação densa e abundante, com características de florestas tropicais. A vegetação exuberante é consequência das águas subterrâneas disponíveis na área do Parque Nacional.

Não tínhamos uma expectativa grande em relação ao safari em Lake Manyara. A surpresa foi maravilhosa, pois o lugar é incrível. Logo na chegada, nos deparamos com um bando de babuínos-verdes. Eram muitos animais. Famílias inteiras.

O babuíno pode chegar a 1,2 metros de comprimento, passa a maior parte do tempo no chão. São grandes e corajosos lutadores. Enfrentam bravamente outros animais, inclusive os seus próprios predadores e podem atacar humanos.

O babuíno-verde é um animal agressivo, quando ataca em grupo, podem matar grandes predadores, até mesmo um leopardo.

Deixamos os babuínos para trás e seguimos pelos caminhos do Parque Nacional Lake Manyara. Encontramos em seguida um grupo grande de elefantes. Entre eles, um filhote muito pequeno, com algumas semanas de nascido. Essa situação pode ser perigosa, pois a mãe e o restante do grupo, protegem o filhote e podem se tornar agressivos, caso sintam-se ameaçados.

O nosso carro, sem querer, dividiu o grupo e nos sentimos ameaçados. O guia recuou lentamente e tudo não passou de um susto.

Como a vegetação é densa, a presença de macacos é comum. Vimos alguns macacos-da-cara-preta e macaco-do-peito-azul.


Os pássaros e aves são também abundantes em Lake Manyara. O martim-pescador é um dos mais comuns.

Um dos melhores momentos do safari foi quando encontramos uma bela águia-pescadora-africana. Uma ave de rapina que habita quase todos os lagos e reservatórios da África. É a ave nacional do Zimbabwe e de Zâmbia. As fêmeas, que são maiores que os machos, podem chegar a quase 4 kg, 75 centímetros de altura e 2,4 metros de envergadura.

A águia estava em cima de uma pedra, devorando um peixe que tinha acabado de pescar. Ficamos alguns minutos observando, quando ela levantou um belo voo e se afastou para fazer uma refeição em paz.

Seguimos até a beira do Lago Manyara e ficamos observando os pelicanos, que vivem ali. São muitos e dão um colorido especial à paisagem. O vento sopra forte na área do Lago Manyara. Como o lago é salgado, uma grande nuvem de sal se espalha por toda a área do parque, arrastada pelo vento.

Na área dos pelicanos, ficamos um tempo observando um grupo de hipopótamos que estavam um pouco distantes. Os hipopótamos simulavam uma disputa entres eles e possibilitaram boas fotos, mesmo à distância.

Deixamos o Parque Nacional de Lake Manyara e fomos almoçar no excelente Serena Lodge do Lake Manyara. O hotel é lindo, muito bem decorado, fica pendurado nas encostas do Great Rift Valley e voltado para o lago.

À tarde seguimos viagem para a Cratera do Ngorongoro, que era o destino final daquele dia.

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Joaquim Nery Filho é geógrafo, agente de viagens e empresário do showbusiness. Apaixonado por viagens e fotografia.