Um cruzeiro com a Via Alegria pelo arquipélago das Antilhas
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- joaquimnery
- 2 de março de 2015
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- América Antilhas Destaques República Dominicana
22/02/2015
Fizemos um Cruzeiro pelas Antilhas organizado pela Via Alegria Viagens e Turismo, a bordo do navio MSC Musica. Éramos eu, Mônica e os companheiros de viagem, Dr. Alberto Vasconcelos e Dra. Kika Teixeira.

A facilidade do roteiro era um diferencial, pois o Cruzeiro já incluía a viagem aérea de São Paulo para La Romana, na República Dominicana, de onde o navio partiu. São 6 horas e meia de voo a partir de São Paulo.

As bagagens eram despachadas no Aeroporto de Guarulhos e seguiam direto para as cabines de cada viajante, não havia necessidade de um novo check-in de bagagens no porto de La Romana, o que significa um conforto a mais. Na volta seria a mesma coisa, vamos deixar as malas na porta da cabine no navio e só nos encontramos com elas, na esteira do Aeroporto de La Romana, para fzer o check in de volta.

O Cruzeiro começa no porto de La Romana, na parte sul de Santo Domingos ou Ilha Hispaniola, na República Dominicana. Foi por aí, na Ilha de Santo Domingos que Cristóvão Colombo chegou quando descobriu as Américas em 1492.

A ilha de Hispaniola, hoje está dividida em dois países: O Haiti, que fica na parte oeste e é um dos países mais pobres do Mundo e o mais pobre das Américas e a República Dominicana, que hoje vive um bom momento, sobretudo em função do turismo em busca de sol e mar, cujo maior destaque é a localidade de Punta Cana.

As Antilhas compõem um grande conjunto de ilhas em formato de arco, que separa o Mar do Caribe (ou Mar das Antilhas) do restante do Oceano Atlântico. As ilhas maiores são as quatro Grandes Antilhas, localizadas mais a norte (Jamaica, Cuba, Santo Domingos ou Hispaniola e Porto Rico). Mais a sul, fechando o arco em direção à América do Sul aparecem centenas de ilhas que compõem as Pequenas Antilhas, por onde o nosso Cruzeiro vai passar.

Todas essas ilhas, pelo Tratado de Tordesilhas, deveriam ter pertencido à Espanha, que de fato as ocupou a partir do final do século XV e durante o século XVI. As Grandes Antilhas davam suporte aos conquistadores espanhóis que seguiam em busca do ouro, da prata e das pedras preciosas no continente, sobretudo no México, onde conquistaram os Astecas, na Colômbia e nos Andes, onde conquistaram os Incas.

As Pequenas Antilhas começaram a ser ocupadas com maior efetividade a partir do século XVI, quando foram pilhadas e conquistadas por corsários e piratas ingleses, franceses e holandeses, atraídos pelas riquezas exploradas pelos espanhóis, todos eles sob a proteção dos seus países, faziam uma “guerra bandida” no Caribe, contra os colonizadores espanhóis.

A Espanha acabou cedendo a posse da maioria das Pequenas Antilhas para os seus inimigos europeus, formando aí um mosaico de países com culturas e idiomas diferentes. Muitas das ilhas foram colônias francesas, inglesas, holandesas e espanholas.

Das Grandes Antilhas, Cuba e Porto Rico ficaram como colônias espanholas, a Jamaica como colônia inglesa e a ilha Hispaniola dividida ao meio entre a França e a Espanha.

No século XIX, os Estados Unidos interveio nos conflitos do Caribe e também fez uma guerra com a Espanha, abocanhando algumas das ilhas, dentre elas Porto Rico, que até hoje é território americano.

A partir do século XVII, a agricultura passou a ser a grande riqueza dessas ilhas, com destaque para a cana-de-açúcar e para o tabaco. Muitas delas perderam toda a vegetação nativa para os canaviais. Para trabalhar na lavoura da cana, foram trazidos os escravos africanos, que chegaram em número tão grande, que passaram a predominar demograficamente na maioria delas.

Os levantes e revoltas dos escravos começaram a ser mais frequentes a partir do século XIX, quando um revolução em 1804, na possessão francesa de Saint-Domingue, acabou com a independência da primeira república negra do Mundo, o Haiti. A partir daí o processo de abolição da escravatura foi avançando ilha por ilha e muitas delas foram se tornando independentes.

Hoje ainda existem algumas que continuam como possessões de nações europeias, porém a maioria forma nações livre, onde a cultura europeia está representada por diversas origens, que convivem com a forte influência da cultura crioula, resultando num mosaico cultural espetacular.

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Joaquim Nery Filho é geógrafo, agente de viagens e empresário do showbusiness. Apaixonado por viagens e fotografia.
Comment (1)
Anônimo
07 abr 2015Deu para ter uma ideia relativa.