Bogotá
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- joaquimnery
- 26 de dezembro de 2022
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05 de dezembro de 2022
Bacatá
Começamos a viagem pela Colômbia, conhecendo a capital, Bogotá. O centro administrativo, econômico e cultural do país. Fica a 2.640 metros de altitude, no centro dos altiplanos colombianos. É a terceira capital mais alta da América do Sul. Foi fundada pelo conquistador espanhol Gonzalo Jimenez Quesada em 1538 após uma difícil travessia pela Cordilheira dos Andes que culminou com a conquista dos povos nativos da região, os “muíscas”. Foi fundada com o nome indígena de Bacatá. Sempre foi a capital. Passando pelo Vice-Reino da Nova Granada, pela Grã-Colômbia e finalmente pela República da Colômbia.

Uma cidade de altiplano
A localização de Bogotá em altitude, e próximo à linha do equador garante à cidade, uma temperatura fria e estável o ano inteiro. A média não passa de 18 graus centígrados e pode esfriar mais no período do inverno, que corresponde aos meses de dezembro a março. Não existem grandes diferenças ao longo do ano, pois a latitude de 4 graus não permite grandes oscilações.

Um city tour por Bogotá
Estávamos hospedados no Hotel Boutique de La Ópera, no coração da cidade histórica e começamos o reconhecimento da cidade com um tour pelo centro histórico. Apesar de não possuir a fama de Cartagena das Índias, Bogotá é a cidade mais turística da Colômbia. Começamos a visita pela Praça Simon Bolívar, no coração da cidade histórica. É o local mais simbólico do bairro histórico de La Candelaria e a principal praça da cidade.

A Plaza Bolivar
Ao redor da Plaza Bolivar estão alguns dos principais prédios públicos do país: O Palácio as Justiça, a sede da Suprema Corte, o Capitólio Nacional, sede do Congresso, o Palácio Liévano, sede da Prefeitura e a Catedral de Bogotá, a sua principal igreja. Hoje, o local recebe alguns dos principais eventos públicos da cidade. No dia em que estivemos por lá, a Praça estava sendo preparada para o show de luzes que acontece no Natal. A Catedral de Bogotá, ou Catedral Primada, foi a primeira igreja construída no local, em 1539, sob as ordens do fundador, Gonzalo Jimenez de Quesada. O interior da Catedral é simples, mas a fachada impressiona.

Simon Bolívar
Simon Bolívar é considerado como um dos maiores heróis da independência da América espanhola e da luta pela descolonização. Bolívar liderou o norte da América do Sul, fundando a Grã Colômbia, que reunia os territórios da Venezuela, Colômbia, Equador e Panamá, enquanto José San Martin, libertou todo o sul, desde o Chile até o Peru. Foi presidente da Grã Colômbia, de 1819 a 1830.

Manuela Sáenz, a Libertadora do Libertador
No caminho para a Plaza Bolivar, passamos pela casa da heroína revolucionária, Manuela Sáenz, conhecida como a “Libertadora do Libertador”. Foi Manuela quem salvou Bolívar de uma emboscada que pretendia assassiná-lo, em 1828, viabilizando a sua fuga por uma janela do Palácio. Manuela foi casada com o comerciante inglês Jaime Thorne, mas se tornou amante e companheira de Bolívar a partir de 1822, quando já estava separada do seu esposo. Se uniu e comandou os exércitos bolivarianos, chegando ao posto de Coronel. Manuela liderou o processo militar em Lima e se tornou uma heroína nacional para a Grã Colômbia.

O bairro de La Candelaria
Voltamos da Praça Simon Bolívar e encontramos no hotel, com a guia que havíamos programado, a Jaqueline, e começamos um tour a pé pelo centro histórico. É no bairro de La Candelaria que estão os prédios mais antigos da cidade e a maioria dos museus. São mais de 60 museus e vários centros culturais. Os grandes destaques ficam para o Museu do Ouro e para o Museu Botero. O bairro é um local vibrante, movimentado, com ruas estreitas cheias de lojas de artesanatos, esmeraldas e pontos culturais.

O Santuário de Nossa Senhora Del Carmen
Seguimos caminhando pelas ruas estreitas de La Candelaria, até o Santuário de Nossa Senhora Del Carmen, com uma fachada bonita e intrigante, com faixas vermelhas e brancas. É uma construção recente para a história da cidade, 1930, mas já faz parte dos roteiros turísticos de Bogotá.

A Igreja de La Candelária
Seguimos adiante e passamos em frente à Igreja de La Candelária, que dá nome ao bairro. É um símbolo de Bogotá e do centro histórico. Inaugurada em 1703, é um típico exemplo da arquitetura colonial espanhola.

O Chorro de Quevado
Caminhando pelo centro, chegamos ao pitoresco Chorro de Quevado, o lugar onde a cidade surgiu. Hoje é um bairro cheio de bares e restaurantes com muitas construções coloniais. Entre os becos do Chorro de Quevado aparecem dezenas de murais pintados por artistas de rua e grafiteiros de Bogotá.


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Joaquim Nery Filho é geógrafo, agente de viagens e empresário do showbusiness. Apaixonado por viagens e fotografia.