Jinghong, o centro da China tropical
- 1438 Views
- joaquimnery
- 11 de junho de 2011
- Ásia China Destaques
20.04 – Dali – Jinghong
Cedo pela manhã pegamos o carro em direção ao aeroporto de Dali. Tivemos uma bela surpresa no caminho, pois passamos pela área nova da cidade (Xianguan), que é encantadora. Avenidas largas na beira do lago Er Hai, casas maravilhosas e nada faz lembrar a “cidade velha” onde estávamos.
Pegamos um vôo de 1h de duração para Jinghong, a capital da região de Xishuangbanna. Fica no extremo sul da China, possui clima tropical e lembra mais os vizinhos Laos, Tailândia e Myanmar, do que os outros cantos da China. Grande parte da área é de florestas tropicais, a última que restou da China.
A cidade surpreende pelas avenidas largas e muito bem cuidadas, cheias de jardins floridos e palmeiras tropicais. Seguimos para o excelente New Thai Garden Hotel. Um amplo hotel 5 estrelas, cercado de jardins.

Depois de colocar as malas no hotel saímos para um tour de reconhecimento. A primeira parada foi numa Vila Dai, a minoria que é maioria em Jinghong, 30% da população local é Dai.

O povo Dai vive nesta área e está dividido entre China, Tailândia, Laos, Myanmar e Vietnã. Praticam a religião budista teravada, que é a mais antiga das versões do budismo, que surgiu na Índia e é relativamente conservadora e não o mahayana que é mais comum no resto da China.

Os Dai são excelentes agricultores. Plantam produtos tropicais como frutas, arroz, cana-de-açúcar, seringueiras e banana.

Nas casas Dai, assim como na região do Tibet, a parte baixa é destinada aos animais de criação e a família vive no segundo piso.

Seguimos para a feira livre da cidade onde mais uma vez nos surpreendemos com os produtos das feiras chinesas (sapo-boi, uma espécie de minhoca gigante, etc.).


A cidade surpreende positivamente. É encantadora. As ruas são cercadas de palmeiras imperiais e jardins bem cuidados, limpas, avenidas largas e organizadas. Lembra muito cidades americanas da Florida ou Califórnia.
À noite fomos ao teatro da cidade para assistir a um espetáculo de dança e números circenses, com base na cultura das minorias chinesas (Meng Ba La Na Xi). O show era de excelente qualidade, com um figurino espetacular e performances hollywoodianas, imperdível.
Vimos muitos ocidentais, sobretudo numa rua cheia de cafés, bares e restaurantes. Paramos para jantar no Café Mekong, que pertence a um francês e serve uma comida ocidental.
Joaquim Nery Filho é geógrafo, agente de viagens e empresário do showbusiness. Apaixonado por viagens e fotografia.