O Festival de Dali na China
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- joaquimnery
- 29 de maio de 2011
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- Ásia China Destaques
17.04 – Dali
Pela manhã saímos para visitar Dali. Estava acontecendo o Festival da Primavera, quando centenas de Bai convergem para a cidade, para os cinco dias de festa. Toda a região de Yunnam é famosa pelas flores e a cidade fica totalmente enfeitada para o festival.

Uma multidão circula pelas ruas de Dali. Turistas, residentes, moradores das regiões próximas e vem gente de todos os cantos, para comprar e vender: Mianmar, Vietnam, Tailândia, etc. Todos vêm para a grande Feira.

Na Feira ou Festival existem áreas separadas para diversas atividades. Em uma área aparece uma maior concentração de comidas típicas, em outra produtos da medicina natural chinesa, onde se vende de tudo.

As comidas exóticas impressionam, sobretudo a nós ocidentais. Mas o povo da Feira se delicia durante os cinco dias de Festival. Pombo assado, pé de galinha na brasa e outras esquisitices são comuns. Ali mesmo são preparadas as refeições para os visitantes da feira.

Outro setor que chama a atenção é o de medicina natural chinesa, onde são vendidas ervas medicinais e outros produtos exóticos, como cobra dissecada, chifre de cervo, animais diversos, pata de tigre, pássaros e ervas das mais variadas possíveis.

Ainda hoje existe, na China a caça clandestina do Tigre e dele várias partes são aproveitadas pela medicina natural chinesa, que mistura crendices a conhecimento milenar. Existem tendas para tratamento medicinal no local, onde é possível tomar chá dos produtos vendidos nas tendas, como cobras, lagartos, etc..


O colorido das roupas e de toda a feira, dão o tom do festival. As diversas minorias étnicas da China têm na Província de Yunnam e no Festival de Dali, um ponto de encontro importante.
Na rua principal da cidade murada acontecem a todo instante, apresentações folclóricas e manifestações culturais dos Bai. Dragões alegóricos, que são conduzidos por mulheres e fazem performances a todo instante.


Cada Bairro ou comunidade próxima a Dali apresenta danças folclóricas comunitárias, e competem umas com as outras. É semelhante aos nossos concursos de quadrilha.

Também é comum a presença dos grupos musicais, que tocam instrumentos artesanais desenvolvidos na região e se revezam o tempo todo.

Almoçamos num restaurante chinês na Rua dos Estrangeiros. Na porta dos restaurantes eles colocam alguns alimentos em exposição. O cliente escolhe o que comer e eles preparam os pratos. Tudo muito apimentado, sempre com arroz, mas a comida é bastante razoável se não arriscarmos muito.

Depois de um leve cochilo, voltamos a caminhar no centro da Cidade Antiga de Bali. Fizemos o trajeto mais recomendado. Do Portão Sul ao Portão Norte (Fuxing Lu), com inúmeras lojinhas e muita gente circulando pela cidade.

No portão Sul, subimos no alto do Nancheng Men (Portão Sul), de onde se tem a melhor vista da Old Town. No interior do prédio existe um templo taoísta e algumas lojas de lembranças de Dali.

Voltamos à Rua dos Estrangeiros, onde jantamos no mesmo restaurante da noite anterior.

Joaquim Nery Filho é geógrafo, agente de viagens e empresário do showbusiness. Apaixonado por viagens e fotografia.
Comments (5)
40 frases venenosas | SCOMBROS
23 maio 2013[…] Reblogged from Um Pouquinho de Cada Lugar – Joaquim Nery: […]
anisioluiz2008
22 maio 2013Republicou isso em O LADO ESCURO DA LUA.
José Jucá Júnior
29 ago 2011Pelas fotos a gente pode imaginar o que você falou. Quanto a culinária, eu lembrei do que disse Carlos Drummond de Andrade: “A cozinha de um país é comparável a sua língua: há línguas que jamais falaremos.”
joaquimnery
28 ago 2011Jucá,
O Festival de Dali é um paraíso para a fotografia. Cores, pessoas e coisas inusitadas formam um mosaico espetacular.
José Jucá Júnior
28 ago 2011A postagem dá uma excelente ideia do lugar, e as fotografias complementadas pelos comentários e explicações, tornam as informações plenamente satisfatórias para que através delas, o visitante do Blog tome conhecimento sobre o festival de Dali.