O Deserto Wadi Rum, na Jordânia
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- joaquimnery
- 24 de junho de 2019
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18 de abril de 2019
Concluímos a visita a Petra e saímos para o sul da Jordânia. O nosso destino no final do dia seria a cidade portuária de Aqaba, nas margens do Mar Vermelho, mas antes iríamos viver uma grande aventura no Deserto Wadi Rum, localizado 60 km a leste de Aqaba, no sul da Jordânia.

O Deserto Wadi Rum, que significa Vale da Lua, faz parte de uma reserva natural do país. São 130 quilômetros de um vale extenso de um rio seco, com areias e rochas com colorações incríveis recheadas de montanhas imponentes, algumas delas com até 1600 metros de altitude. Toda a área do Parque Nacional de Wadi Rum possui hoje 720 quilômetros quadrados preservados pelo governo.

Existem vestígios de ocupação humana na região do Deserto Wadi Rum desde o período paleolítico. A presença de fontes de água possibilitou a fixação de populações ao longo do deserto. Os Nabateus que construíram Petra, também viveram aí, onde criaram represas e aquedutos que ainda são visíveis em alguns pontos.

O lendário herói inglês, Lawrence da Arábia passou por diversas vezes pelas rotas do deserto e fez de Wadi Rum a sua base mais importante para as batalhas da Grande Revolta Árabe entre 1917 e 1918, lutando contra os turco-otomanos.

Os cenários naturais do deserto são as suas maiores atrações. “Os Sete Pilares da Sabedoria” é uma grande montanha granítica trabalhada pela erosão e um dos pontos que mais identifica o deserto.

Hoje em dia, Wadi Rum é um destino turístico importante da Jordânia, que atrai um número crescente de visitantes para fazer trilhas, passeios de camelo, safaris com carros abertos, cavalos, etc. Muitos vêm de Aqaba ou Petra, para um passeio de meio dia. Outros acampam aí mesmo, para desfrutar de uma noite sob as estrelas no deserto.

O por do sol no deserto
Fizemos um passeio de duas horas em uma caminhonete 4X4, observando o deserto e as suas formações, até nos posicionarmos para assistir a um belo por do sol. O por do sol no deserto ganha um colorido especial e nesse caso em Wadi Rum, ele é emoldurado por caravanas de camelos que conduzem centenas de turistas com o mesmo objetivo.

A beleza do deserto, foi utilizada para locação de filmes famosos, dentre eles, o clássico Lawrence da Arábia (1962) e o sucesso estrelado por Matt Damon, Perdido em Marte (2015).

Antes do por do sol, paramos numa tenda beduína para tomar chá, sermos recepcionados pelos chefes da tribo e fazer algumas compras de produtos locais e artesanais. É meio folclórico, mas funciona muito bem. Os beduínos exploram o turismo nessa parte do deserto.

Após o por do sol, começamos a sair do Deserto, quando nos deparamos com o nascer da lua cheia, que completou o cenário encantador. Na periferia do Deserto de Wadi Rum existem hotéis cabanas e vários acampamentos que permitem uma experiência única de convivência com aquela paisagem encantadora. O Sun City Camp é um dos mais famosos.

Saímos para Aqaba e chegamos por lá no início da noite, fomos para o bom Hotel Double Tree by Hilton localizado na parte mais central da cidade e próximo à Marina de Aqaba. Jantamos no excelente restaurante no terraço do hotel. Restaurante Diwan no roof top, com música ao vivo. Muito bom, só que fica ao ar livre e estava bastante frio.

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Joaquim Nery Filho é geógrafo, agente de viagens e empresário do showbusiness. Apaixonado por viagens e fotografia.