Yardenit, onde João Batista batizou Jesus Cristo
11 de abril de 2019
Em Tiberíades, fomos conhecer uma fábrica de joias e diamantes, uma das principais riquezas do país. Israel não produz os diamantes naturais, mas é o maior exportador mundial desse produto, já lapidado, devido à especialização que desenvolveu nessa área. Compra o diamante bruto e exporta o lapidado em forma de joias.

Cinquenta por cento dos diamantes negociados no mercado internacional foi lapidado em Israel. A lapidação e comércio do diamante é uma antiga tradição judaica, emprega mais de 15 mil pessoas no país. Com a ida dos judeus para formar o Estado de Israel, essa tradição foi herdada pelo país.

Saímos de Tiberíades e fomos até Yardenit, próximo ao Kibutz Degania, onde o Rio Jordão deixa o Mar da Galileia e que é considerado o local do batismo de Jesus Cristo.

O Rio Jordão nasce na região do Monte Hermon, através das neves derretidas no verão e das diversas fontes que existem nas encostas das montanhas. Atravessa o Vale do Hula, forma o Mar da Galileia, o mais importante reservatório de água doce de Israel e sai dele para percorrer mais quase 300 quilômetros até chegar ao Mar Morto onde ele deságua, no ponto mais baixo da superfície da Terra, 398 metros abaixo do nível dos oceanos.

Em Yardenit chegam peregrinos do mundo inteiro para reafirmar o batismo nas águas do Rio Jordão. Fizemos também o mesmo ritual.

Muitos dos peregrinos se vestem de branco e participam de rituais religiosos cercados de muita emoção nas águas santas do Rio Jordão.

Foi no Rio Jordão, que João Batista batizou Jesus Cristo. João ficava no Rio Jordão batizando os fiéis que se arrependiam dos seus pecados. Um dia, quando tinha 30 anos, Jesus apareceu e pediu para ser batizado. João não queria batizar Jesus pois considerava-se indigno para isso, mas Jesus o convenceu a batizá-lo. Depois desse evento Jesus partiu para a sua vida de peregrinação.

AS RUÍNAS DE BET SHE’AN
Deixamos Yardenit para trás e seguimos em direção a Jerusalém. No caminho paramos para visitar o fantástico conjunto de ruínas da cidade romana de Bet She’an. O sítio arqueológico do Bet She’an National Park compreende dezoito camadas superpostas que foram desenterradas pelos arqueólogos. A mais impressionante delas é a cidade romana.

Bet She’an é uma das maiores ruínas de cidades romanas do período bizantino que existe no mundo. Possuía anfiteatro, teatro, hipódromo, casas de banhos e largas avenidas delimitadas por colunas de mármore espetaculares, além de centenas de residências. O maior teatro romano de Israel está nesse sítio arqueológico. A reconstrução e fama do sítio arqueológico é recente e cresce muito rapidamente.

A cidade romana foi construída no sul da Galileia, num local estratégico e talvez por isso tenha tido tanta importância no passado. Ficava numa encruzilhada de estradas vitais. Entre a Via Maris, que ligava o Egito à Turquia e à Babilônia e a famosa Rota da Seda, que trazia produtos do Oriente para a Europa.

É uma das cidades greco-romanas que compunham a “decápolis”, um conjunto de dez cidades importantes que ficavam na fronteira oriental do Império Romano, juntamente com Philadelphia (atualmente Amã, na Jordânia) e Jerash, também na Jordânia. Bet She’an é a única delas que ficava na parte oeste do Rio Jordão. Um forte terremoto destruiu a cidade de Bet She’na em 749 d.C. Muitas das colunas romanas aparecem caídas, da forma que o terremoto deixou.

Joaquim Nery Filho é geógrafo, agente de viagens e empresário do showbusiness. Apaixonado por viagens e fotografia.
Comment (1)
Anônimo
20 maio 2019Adoráveis e biblicos testemunhos da passagem de Jesus pela Terra.
Muito grata.
Cumprimentos.