Onças no Pantanal
14 de junho de 2023
Encontramos uma onça na margem do rio
Tivemos ontem um dia proveitoso na procura pelas onças-pintadas e esperávamos ver outras no dia de hoje. O dia amanheceu menos frio e isso era um bom sinal, os animais poderiam sair para caçar. Teríamos boas oportunidades. Tentando acompanhar a sorte do dia anterior, seguimos direto para o Corixo Negro, onde sabíamos que as chances seriam melhores. Logo na chegada, vimos a primeira onça-pintada do dia. Era uma fêmea que se deslocava na margem do rio.
Intimidando os visitantes
O nosso piloto avisou aos outros barcos, que rapidamente chegaram também. Foi um dia de belas observações. A onça era uma fêmea que estava se exibindo na margem do rio, com direito a mostrar os dentes para nos intimidar.
Caçando um jacaré
Estava caçando e vimos o exato momento em que deu um bote em um jacaré. As onças são exímias caçadoras e os jacarés são presas comuns para esses animais. Com a força da sua mandíbula a onça-pintada estrangula o jacaré e depois o leva para uma área mais seca onde pode devorá-lo. A onça possui a mordida mais poderosa entre todos os felinos. Perfura cascos de tartaruga e cabeça de jacarés.
Caçando em família
Na sequência vimos uma onça mais jovem. Era um macho. Segundo as informações do nosso piloto, era filho da que tínhamos visto alguns momentos antes. Deviam estar caçando juntas. Um macho pode ter de duas a três fêmeas, que conseguem parir dois filhotes por vez.
Barcos e homens
Nos programas de safaris fluviais do Pantanal, com objetivo de observação das onças-pintadas, o primeiro barco a avistar uma onça, passa um rádio e avisa aos demais. Logo na sequência, vários barcos vão chegando e se posicionando para as melhores fotos. As onças da região de Porto Jofre estão relativamente acostumadas com a presença dos barcos e dos homens. Não se assustam e se exibem nas margens dos rios. É maravilhoso.
Paraíso para fotógrafos
A região é um paraíso para fotógrafos e documentaristas em busca de cenas especiais com as onças-pintadas. Canais especializados como a Discovery Channel e a National Geographic, estão sempre por lá. Conseguimos ver essa movimentação.
Turistas estrangeiros
A região é explorada sobretudo por turistas estrangeiros, que lotam as pousadas dessa área do Pantanal, de julho a novembro para ver e fotografar os animais silvestres no seu habitat natural, sobretudo a onça-pintada. Os brasileiros estão começando a ir cada vez mais.
Preferência no posicionamento
Existe uma regra informal para os barcos que estão participando da observação. Quem chega primeiro na cena, tem preferência no posicionamento. Caso a onça se mova, os barcos vão se reposicionando. É necessário permanecer sentado para não atrapalhar a visão dos que ficam atrás.
A quarta onça
Vimos ainda uma terceira onça na margem do corixo. Hoje foi um dia especial. Passamos o dia observando as onças. Já tínhamos visto três animais. Quando a tarde começou a cair, decidimos voltar, mas a sorte estava do nosso lado. Na ida para o Corixo Negro, tínhamos visto um boi morto na margem do rio, já em estado de putrefação. Quando voltamos, o piloto ficou atento para o local onde estava o animal. Quando passamos, flagramos mais uma onça, que dessa vez tentada puxar o boi morto para o alto da margem.
Habilidade em subir nas árvores
O movimento dos barcos assustou o animal, que tinha dificuldade em puxar o boi, em função do peso e da posição no barranco da margem do rio. A onça desistiu desse movimento e assustada subiu numa árvore muito alta. Ainda ficamos por ali admirando a cena a ponto de ver a onça escorregar e cair com maestria do alto da árvore. Não se machucou, mas decidiu se esconder.
As onças deram um show
Voltamos para a Pousada Santa Rosa com a sensação de que realizamos tudo o que planejamos nessa viagem para observação de onças-pintadas no Pantanal. Hoje foram 4 onças, que deram um show.
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