Saímos de Munique cedo, pela manhã, em direção ao sul da Bavária. O destino era Garmisch-Partenkirchen. O caminho era mais importante que o destino. Passamos pela Rota Romântica, um trecho da estrada que liga Würzburg a Füssen, por cerca de 380km. Antes de Munique já tínhamos passado em Rotemburgo Ob Der Tauber, uma das pérolas da “rota”, por isso, a partir de Munique, pegamos a estrada pelo meio.

A estrada surgiu como destino turístico na década de 40, quando várias prefeituras dessa região ao sul da Bavária se uniram e começaram a vender esse conceito. A Rota Romântica recebe, hoje cerca de 2 milhões de turistas por ano, que percorrem pelo menos partes dos seus 380km.

A primeira parada que fizemos na Rota Romântica foi Landsberg Am Lech. Cidade medieval, cuja origem data de 1.160, quando Henrique, O Leão ergueu o seu castelo ao lado do rio Lech. Foi aqui que Hitler escreveu “Minha Luta”, quando cumpria pena pela tentativa de golpe em Munique.

Landsberg, como outras tantas cidades da Rota Romântica é repleta de casarões e palácios medievais, que marcam a história vibrante da Baviera.

Os campos da Baviera e seu relevo ondulado ficam ainda mais românticos com as fazendas de gado leiteiro da região. Paramos numa pequena cidadezinha (Schongau) e desviamos o caminho em direção a Garmisch-Partenkirchen, na base dos Alpes.

No caminho para Garmisch-Partenkirchen passamos em Ettal. Muitos viajantes que vão explorar essa região sul da Baviera escolhem uma dessas cidadezinhas como ponto de pouso e fazem as visitas nos dias seguintes. Ettal é impressionante, pois no meio de uma cidade minúscula, aparece uma abadia beneditina gigante.

A abadia foi fundada pelo imperador Ludovico IV em 1.330 e vem acompanhada de um conjunto, formado também pela Igreja da Virgem Maria e por um convento. O conjunto é um dos maiores destaques dessa região.

Saímos de Ettal e finalmente chegamos a Garmisch-Partenkirchen. São duas cidades conurbadas e unidas pelo rio Loisach. É o balneário mais conhecido dos Alpes Bávaros. Conta com uma excelente infraestrutura para a prática de esportes de montanha, possui várias estações de esqui e já sediou os Jogos Olímpicos de Inverno na Alemanha em 1936 e o campeonato Mundial de Esqui em 1978.

É daí de Garmisch-Partenkirchen que se chega ao Zugspitze, o ponto culminante da Alemanha, nos Pré-Alpes da Bavária.

À noite circulamos pela cidade tentando encontrar um restaurante e encontramos o excelente Haus. Foi uma coincidência feliz. Um restaurante charmoso, muito bem decorado, com uma boa comida tipicamente alemão. Não precisou ser salsicha. Comemos uma truta maravilhosa.