O Checkpoint Charlie, um símbolo da Guerra Fria em Berlim
- 1545 Views
- joaquimnery
- 14 de outubro de 2012
- Alemanha Destaques Europa
Seguimos adiante com a nossa turma de Segway, passando pelas principais áreas históricas de Berlim. Toda essa área ficava na Berlim Oriental (comunista), nos tempos em que a cidade estava dividida ao meio. Passamos pela Universidade Humboldt e foi impossível não se emocionar com a presença do monumento a Alexander Von Humboldt, um dos criadores da geografia moderna e científica.

Na Praça em frente à Biblioteca da Universidade de Berlim paramos mais uma vez para ouvir as histórias do período nazista contada por nosso guia. Foi ali que aconteceu a “Queima do Livros” em Berlim, um dos primeiros episódios de demonstração de força do nazismo, quando milhares de livros de intelectuais que incomodavam o regime foram queimados em todo o país. Nessa mesma praça aparece o prédio da Ópera de Berlim.

Seguimos adiante, em fila, com os nossos Segways. Paramos para conhecer o “Checkpoint Charlie”, ou o que restou dele. Após a Segunda Guerra Mundial, a Alemanha permaneceu sobre forte influência internacional. Os vencedores da guerra dividiram o país em vários pedaços. As áreas que ficavam sobre a influência dos Estados Unidos, Inglaterra e França, formaram a RFA (República Federativa da Alemanha), ou Alemanha Ocidental. A parte que ficou sobre influência da URSS formou a RDA (República Democrática da Alemanha), ou Alemanha Oriental. Um dos impasses para as definições do pós-guerra era a questão de Berlim, pois a capital ficava totalmente dentro do território de influência da URSS. Como Berlim era o símbolo maior de poder da Alemanha, a solução negociada foi dividir Berlim da mesma forma, ou seja, parte da cidade sobre influência de Estados Unidos, Inglaterra e França (Berlim Ocidental) e parte sobre influência da URSS (Berlim Oriental).

Para que produtos e pessoas de Berlim Ocidental pudessem viajar para a Alemanha Ocidental, que ficava a mais de 100 km de distância, havia uma autoestrada e uma ferrovia, das quais eles não podiam sair. Nessa autoestrada existiam três passagens de fronteira bastante rigorosas. A primeira chamava-se Checkpoint A (Alpha), na fronteira entre a Alemanha Ocidental e a Alemanha Oriental, a segunda era o Checkpoint B (Bravo), quando a estrada chegava a Berlim Ocidental e a terceira era o Checkpoint C (Charles), na divisa entre Berlim Ocidental e Berlim Oriental. O Checkpoint Charles foi um dos maiores símbolos da Guerra Fria. Hoje existe uma pequena casinha no meio da rua lembrando o passado.

Voltamos aos Segway e seguimos para uma parte da cidade onde aparece um pedaço do Muro de Berlim ainda intacto. O nosso excelente guia contou histórias de tentativas de fuga de cidadãos da Berlim Oriental para a Berlim Ocidental.

Seguimos adiante em nosso passeio pela cidade. Passamos pelo Memorial do Holocausto e pelo Portão de Brandeburgo que já descrevi no “post” anterior.

A nossa outra parada panorâmica foi nos jardins que ficam em frente ao Reichstag, o prédio onde funciona o Parlamento da Alemanha. Daí temos uma excelente chance para fotos panorâmicas desse que é um dos marcos mais importantes do país.

Voltamos ao ponto de partida. Tivemos uma manhã bastante divertida e produtiva. Conhecer Berlim de Segway é uma excelente opção para um tour panorâmico (imperdível).

- Alemanha
- Alemanha Ocidental
- Alemanha Oriental
- alexander von humboldt
- Ópera de Berlim
- Berlim
- Berlim Ocidental
- Berlim Oriental
- Checkpoint Alpha
- Checkpoint Bravo
- Checkpoint Charlie
- Guerra Fria
- Humboldt
- Memorial do Holocausto
- Muro de Berlim
- Parlamento da Alemanha
- Portão de Brandemburgo
- RDA
- Reichstag
- RFA
- Segunda Guerra Mundial
- Segway
Joaquim Nery Filho é geógrafo, agente de viagens e empresário do showbusiness. Apaixonado por viagens e fotografia.