Catedral de Notre-Dame e Museu do Louvre
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- joaquimnery
- 24 de setembro de 2022
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19 de junho d 2022
A Catedral de Notre-Dame
Passeando por Paris, na margem do Rio Sena, pegamos carona de uma bicicleta táxi, desde a Ponte Alexandre III até a magnífica Catedral de Notre Dame, o marco zero de Paris. As distâncias das principais estradas do país são contadas a partir daí. A catedral fica no local de um antigo templo romano. É uma das mais antigas catedrais góticas do mundo, foi construída ao longo de duzentos anos, a partir de 1163, quando foi lançada a pedra fundamental.

O incêndio devastador
A Catedral de Notre Dame possui 130 metros de comprimento, 48 de largura e 35 de altura, podendo acomodar até 6 mil pessoas. No seu interior destacam-se as rosáceas de vitrais com 13 metros de diâmetro. Notre Dame sempre esteve presente nos principais acontecimento políticos da França, dentre eles, a coroação de Napoleão Bonaparte em 1804 e a beatificação da Santa Joana D’Arc em 1909. A Catedral de Notre Dame sofreu um incêndio devastador em 15 de abril de 2019. Está sendo restaurada e a previsão é de que seja reaberta aos fiéis em 2024.

Gárgulas e quimeras
A fachada principal é uma obra prima do gótico francês. O Portal da Virgem na entrada principal da catedral, do século XIII, é um dos destaques da fachada. Imagens de santos e reis se misturam à da Virgem Maria. A catedral é dedicada à Virgem Maria. Um dos destaques da catedral de Notre Dame é o conjunto de gárgulas e quimeras que aparecem por todos os lados. As gárgulas são figuras mitológicas assustadoras, que compõem a estrutura da catedral e têm uma função estrutural, pois são as áreas de escoamento das águas pluviais coletadas pelo telhado. As quimeras se assemelham às gárgulas, mas não têm função de escoamento de água, são apenas decorativas.

A Saint Chapelle
Sem poder entrar na Catedral por conta da reforma, seguimos caminhando em direção à Saint Chapelle que fica ali bem perto, ainda na Ilha de la Cité, no interior do Palácio da Justiça, antigo Palácio Real. A capela em estilo gótico é aclamada como uma das maiores obras de arte e arquitetura do mundo ocidental. Paramos para um lanche ao lado da capela charmosa.

A Fontaine de Saint Michel
Após o lanche, seguimos caminhando até a bela Fontaine de Saint Michel no Boulevard do mesmo nome. A Fonte fez parte das reformas do Barão Haussmann, que introduziu profundas mudanças urbanas na cidade.


A Pirâmide do Louvre
Continuamos a nossa caminhada por Paris e seguimos até a Pirâmide do Louvre. A belíssima Pirâmide de Vidro que é a entrada principal do Museu do Louvre, projetada pelo arquiteto Americano, de origem Chinesa, I. M. Pei. A pirâmide foi totalmente construída por pedaços de vidro, são 603 peças em losangos e 70 peças triangulares. Foi encomendada pelo Presidente francês François Miterrand em 1984. Possui uma altura de 20,6 m, com uma base quadrada de 35m de cada lado.

A entrada do Museu
A Pirâmide leva a um átrio subterrâneo criado para solucionar os problemas de acesso ao museu que já não suportava mais a grande quantidade de visitantes que recebia. No subsolo fica o grande salão de entrada do museu. Existem várias baterias de máquinas de autoatendimento e bilheterias, que facilitam a aquisição dos ingressos. A construção da Pirâmide provocou polêmicas e críticas de descontentes que achavam uma interferência excessivamente modernista para um edifício de enorme importância e conteúdo histórico, chegou a ser taxada de “obra faraônica” de François Miterrand. Outros acham a pirâmide, uma sintonia perfeita entre o clássico e o moderno. A transparência do vidro preservou a visão do edifício.

O Palácio do Louvre
O museu fica no Palácio do Louvre, o antigo Palácio Real da França, na margem direita do Rio Sena, numa continuação dos Jardins das Tulherias. O palácio é enorme, tem uma forma arquitetônica de “U”, começou a ser construído no início do século XII pelo Rei Filipe Augusto, como uma fortaleza. Com o passar do tempo, foram anexadas várias áreas ao Palácio do Louvre, por Francisco I, Henrique IV, Luiz XIV e Napoleão, dentre outros governantes franceses.

O Museu do Louvre
Hoje o palácio magnífico, que foi sede do governo francês até o reinado de Luís XIV, quando perdeu essa função para o Palácio de Versalhes, precisa ser observado com cuidado, pois a sua grandeza e elegância fica ofuscada pelo magnífico acervo do Museu do Louvre e quase ninguém nota a importância e exuberância do edifício. O Louvre é um museu gigantesco, para visitá-lo é importante estabelecer uma estratégia de prioridades e levar em consideração o tempo que se quer passar no museu.

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Joaquim Nery Filho é geógrafo, agente de viagens e empresário do showbusiness. Apaixonado por viagens e fotografia.